O Hospital Madre Tereza de Calcutá, em Palmeira, na região dos Campos Gerais do Paraná, foi interditado pela Vigilância Sanitária Estadual. A interdição aconteceu na última terça-feira (7), mas a informação só foi divulgada nesta sexta-feira (10) pelo Coren-PR (Conselho Regional de Enfermagem do Paraná).
Segundo o Conselho, a interdição foi determinada depois de uma vistoria da 3ª Regional de Saúde sobre a grave situação irregular em que funcionava o hospital. A situação teria sido verificada em uma fiscalização do Coren-PR realizada em novembro de 2019.
A fiscalização só pôde ser feita após a entidade conseguir na Justiça um mandado de segurança. O Coren-PR relata que tentou entrar na unidade hospitalar antes, mas foi impedido pela direção do Hospital. A fiscalização foi motivada por uma denúncia anônima.
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O Coren-PR relatou que os fiscais encontraram materiais enferrujados, medicamentos vencidos, condições inadequadas de higiene e limpeza, entre outras infrações sanitárias.
Além disso, o Hospital não possuía médico de plantão e os auxiliares de enfermagem não tinham a supervisão de um enfermeiro. “Foi comunicado o Conselho Regional de Medicina sobre a inexistência de médico em plantão, entre outros eventos que expunham a população e os profissionais de saúde a risco eminente”, explica a Enfermeira chefe do Departamento de Fiscalização, Deliziê Martins.
O hospital é uma instituição privada e não possui vínculo com o SUS (Sistema Único de Saúde).
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que as irregularidades foram comprovadas e por isso a Vigilância Sanitária fez a interdição cautelar do local. A pasta disse ainda que a medida por ser retirada após a regularização do hospital.
O Ministério Público do Paraná vai investigar o caso.
O Paraná Portal tentou contato com a direção do Hospital Madre Tereza de Calcutá, mas até a publicação desta reportagem ninguém foi encontrado.
Com informações: Paraná Portal