Pacientes do Pronto Atendimento do Jardim Leonor se revoltaram com a demora no atendimento nesta terça-feira (16). Muitos relataram que chegaram à Unidade por volta do meio-dia e, até as 21h, só tinham passado pela triagem. Maria Aparecida Fernandes, de 56 anos, sentia fortes dores nas pernas e contou à reportagem do Tarobá News que estava havia horas sem comer esperando pelo médico. "A gente não quer briga, a gente quer médico. O prefeito prometeu que a área da saúde seria prioridade, mas até agora não vimos nada!", lamentou.
A inquietação dos pacientes fez com que funcionários do PS chamassem a Guarda Municipal e a Polícia para conter os ânimos. Servidores que não quiseram se identificar relataram a dificuldade em manter o atendimento diante das condições precárias da unidade. "Nós entendemos a população, mas um plantão que deveria ter 4 médicos atualmente tem 3 e hoje, para piorar a situação, um faltou porque está doente. Nós também não gostaríamos de trabalhar nessas condições", afirmaram apontando para a má estrutura do prédio que abriga o Pronto Atendimento. Os suportes em que deveriam estar instalados os ventiladores estão vazios, as paredes estão descascando e, no banheiro feminino, o porta papel-toalha está completamente enferrujado - e desabastecido.
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A estudante Gabrielly Kariny, de 15 anos, está com infecção urinária e sentia muitas dores. "Perdi a aula da manhã para vir aqui e ainda não recebi atendimento", disse às 21h30. Após a saída da equipe da Tarobá, pacientes enviaram vídeos mostrando uma mulher desmaiada em frente ao PS. "A mulher desmaiou e não tem um médico ou enfermeiro para atendê-la, isso porque nós estamos em um posto de saúde!", revoltou-se.