A Secretaria de Estado da Saúde debateu em videoconferência, nesta segunda-feira (16), estratégias de prevenção contra infecções e resistência microbiana em hospitais. Participaram do evento profissionais de conselhos de classe, hospitais da rede Mãe Paranaense e das 22 Regionais de Saúde.
O encontro contou ainda com 100 profissionais e representantes do Conselho Regional Medicina, Sociedade Paranaense de Pediatria, Sociedade Paranaense de Infectologia, Conselho Regional de Farmácia, Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná, secretarias municipais de Saúde, Conselho Regional de Enfermagem, Associação Paranaense de Controle de Infecção Hospitalar e Regionais de Saúde do Paraná.
O diretor-geral da secretaria, Sezifredo Paz, falou sobre o desafio das instituições e da secretaria estadual para o combate e prevenção das infecções hospitalares, seguindo as orientações e alertas da Organização Mundial de Saúde. O diretor também ressaltou que a resistência microbiana progride em ritmo proporcional ao conhecimento tecnocientífico.
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Sezifredo acrescentou que, com a reunião, a secretaria posiciona-se estrategicamente para enfrentar as infecções hospitalares. “Estamos buscando medidas efetivas para o enfrentamento, não apenas para os contágios em hospitais, mas infecções e agravos que possam ocorrer em qualquer local. Além disso, essas ações vão auxiliar substancialmente na redução da mortalidade materno – infantil”, disse o diretor.
A representante da Sociedade Paranaense de Infectologia, Heloísa Giambeardini, disse que é muito importante este olhar para as questões dos óbitos, principalmente dentro da maternidade. “Temos o recém-nascido como o termômetro interno das infecções no hospital. Discutir ações que melhoram a saúde e qualidade de vida na neonatologia é falar em avanço nas outras áreas médicas”, afirmou.
NÚMEROS - De acordo com números do Sistema Online de Infecção Hospitalar (Sonih), em 2017, a cada mil pacientes/dia internados em Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) Neonatais no Paraná, 12 contraíram alguma infecção hospitalar nos 378 hospitais que notificaram no Sistema.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini, estabelece a importância de fortalecer a atenção à saúde dos recém-nascidos e controle das infecções. “Juntos vamos diminuir estes índices e atingir a meta em prol da vida. Este é apenas um alerta epidemiológico, mas o objetivo maior é o controle de infecção hospitalar, sem deixar de entender que a linha do cuidado é iniciada na atenção primária, mas contínua durante todas as etapas do atendimento”, disse.
A médica da Associação Paranaense de Controle e Infecção Hospitalar, Viviane Carvalho, orienta que para fazer o controle adequado contra as infecções hospitalares é necessário seguir cinco pilares: a higienização correta das mãos, instauração dos protocolos de prevenção, profilaxia do ambiente, materiais e equipamentos, uso racional dos antimicrobianos e gestão integrada.
Viviane diz que o esforço em conjunto é o que faz a diferença. Segundo ela, todos devem estar atentos e fazendo a sua parte. “A equipe precisa trabalhar unânime e com mesmo foco, a instituição deve dar o apoio necessário e o Estado também deve contribuir nas ações”, afirmou. “Estamos muito agradecidos por fazer parte deste trabalho e colaborar trocando experiências e conhecimentos, porque é assim que combatemos as infecções, conhecendo contra o que estamos lidando”, acrescentou.
AEN