Além do feijão, outros produtos estão em falta em algumas escolas municipais de Londrina. É o caso da carne, ovo, margarina e achocolatado. O problema foi constatado pelo Conselho Municipal de Alimentação Escolar após visitas técnicas em creches e escolas do município.
O presidente da entidade Cicero Cripriano vê a situação com indignação e preocupação. “Vamos nos reunir com a secretaria de educação para avaliar o caso já que percebemos que outros também podem faltar. Uma criança que não se alimenta de forma adequada pode ter prejuízo no desenvolvimento”, aponta.
Uma reunião entre o conselho e a secretaria está marcada para debater o assunto nesta quinta-feira (21).
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Atualmente, o processo de compra de alimentos para merenda escolar é dividido em lotes e várias empresas acabam sendo vencedoras. Tudo centralizado na Secretaria de Gestão. Para o presidente do conselho, a própria secretaria de educação deveria ter autonomia para comandar as contratações, o que poderia gerar menos burocracia. “Fizemos várias visitas técnicas a outra cidades onde o processo de compra é independente e percebemos que as secretarias tem mais autonomia de trabalhar”, aponta.
Essa semana, a secretaria de educação informou que não há feijão na merenda. A empresa que venceu a licitação apontou que o produto está em falta no mercado e o que tem está com valor muito acima do estabelecido em contrato. O certame ficou acertado que seriam pagos R$ 2,70 pelo quilo do feijão, que já chegou a R$ 10 em alguns estabelecimentos. A empresa foi notificada.
A secretária de educação não foi encontrada para comentar o assunto.
Sobre a independência da licitação, a secretaria de gestão aponta que hoje a licitação é feita pela pasta após solicitação da educação e quem paga é a secretaria de fazenda. Segundo o secretário, Fábio Cavazotti o processo dessa forma, traz mais rigidez no sistema de controle interno do município. “Processo é feito dessa forma para dar mais controle e ordenamento de despesas. Já que reduz possibilidades de conduções equivocadas de processos e gera fragilidade no sistema de controle”, completa. Ele ainda se diz a disposição do conselho para verificar que medidas podem ser tomadas para dar mais celeridade eficiência ao que acreditam não estar de forma correta.