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Aquecedores a gás são campeões em economia e conforto no inverno, mas precisam de manutenção

30/05/19 às 17:36 - Escrito por Redação Tarobá News
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Tomar um banho quentinho no inverno, preocupado se o “disjuntor vai cair” ou abrir o registro do chuveiro o mínimo possível para ter a temperatura quente no chuveiro no ponto exato. Quem nunca passou por isso? Embora o uso do aquecedor a gás em casa evite todos esses transtornos, a vontade de relaxar debaixo d’água e ‘esquecer a vida’não pode ser maior do que a atenção dedicada ao equipamento. 

A manutenção dos aquecedores a gás é fundamental para evitar acidentes como o que aconteceu na semana passada em Santiago no Chile, quando uma família brasileira perdeu a vida num apartamento alugado. Segundo as autoridades chilenas, a causa mais provável das seis mortes teria sido a inalação de monóxido de carbono (CO), gás utilizado como força motora de alguns aparelhos domésticos como aquecedores a combustível. 

O especialista e inspetor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea PR) Regional Cascavel, Roberson Parizotto, explica que quando há alguma falha na combustão o aquecedor pode liberar monóxido de carbono, que dependendo da quantidade inalada chega a causar a chamada ‘morte branca’.  “A chama deve ser preponderantemente azul e transparente, sem a excessiva formação de pontas amareladas. Caso esteja amarela é sinal de que a regulagem não está correta, a combustão não está sendo completa e está produzindo o monóxido de carbono”, orienta. No período de inverno os acidentes aumentam. “Esta é a época do ano em que ocorrem mais acidentes, pois é quando se usam mais os equipamentos, às vezes sem a manutenção adequada”, alerta.

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Entre os sintomas da asfixia por CO estão: dores de cabeça, sonolência, confusão mental, arritmias, turvação visual, fraqueza, tontura, dores abdominais e no peito, e vômito.

Em casos como o ocorrido na tragédia no Chile, a primeira medida seria a abertura de portas e janelas para permitir a circulação do ar. Por isso, a recomendação é que aquecedores a gás sejam posicionados em áreas de serviço, justamente para evitar problemas em ambientes fechados. Outra orientação do especialista é que proprietários de aquecedores mais antigos fiquem atentos com relação à chama piloto, que deve estar sempre acesa. 


Cuidados desde a compra

Ficar de olho na chama é uma dica de segurança essencial, mas não a única. Segundo Parizotto, os cuidados começam já na compra do aparelho, garantindo mais segurança e – como bônus – uma boa economia. “É importante ter conhecimento daquilo que realmente se precisa”, frisa.

O Engenheiro diz que o consumidor deve escolher o modelo mais adequado às suas necessidades levando em consideração a capacidade e a vazão do equipamento, a tubulação instalada no imóvel e até o posicionamento do cômodo onde ficará o aquecedor. “Quanto maior a distância do aquecedor até o local do consumo (como o chuveiro, torneiras), maior será a perda de temperatura. De repente é até necessário pressurizar a rede hidráulica. Deve-se observar, também, se a ventilação é adequada, se existem dutos para a saída de ar, sem fechar as aberturas existentes, pois o queimador consome oxigênio do ambiente durante a combustão”, ressalta Parizotto.

Hoje no mercado existem diversas marcas de aparelhos, mas na hora da compra é preciso muita atenção pois “o barato pode sair caro”, alerta o Engenheiro. Neste momento é que entra o profissional habilitado pelo Crea PR, que pode ser um Engenheiro Mecânico ou profissional qualificado sob a supervisão de um profissional habilitado”, explica citando a NBR 13103:2013, NBR 15923 e NBR15526. “Este profissional habilitado no Crea PR dará suporte em caso de qualquer problema. Não há espaço para descuidar quando se fala em segurança. A instalação e/ou manutenção incorreta pode colocar em risco a vida de familiares e outros moradores.”

Parizotto lembra ainda que o consumidor deve procurar empresas cadastradas junto ao Crea PR, tanto no momento da compra e instalação, como na hora de se fazer a manutenção dos aparelhos. Ele pontua que o intervalo recomendado entre as revisões periódicas é, geralmente, de seis meses. “O profissional irá checar o equipamento, os dutos, a chaminé, os bicos de entrada de água e gás, a pressão, se os queimadores estão ok”, complementa.


Atenção adicional

Se no dia a dia o cuidado deve ser constante com aquecedores a gás, nas férias, por exemplo, não pode ser diferente. O Engenheiro lembra que antes de sair de casa é preciso fechar os registros para evitar possíveis vazamentos.

Além do equipamento a gás, algumas empresas também oferecem aquecedores de água totalmente elétricos, geralmente usados em torneiras, já que olhar para a pia cheia de louça, em pleno inverno, não é nada animador. Neste caso, assim como para os aparelhos portáteis que esquentam pequenos ambientes, Parizotto diz que é preciso checar a voltagem e a potência e saber se a fiação do imóvel suporta a utilização. O consumidor deve procurar auxílio de um Engenheiro Eletricista que poderá fornecer todas as informações para um uso seguro.

Outra dica é não utilizar fornalhas e fornos de cozinha para esquentar o ambiente. “Isso é muito perigoso”, ressalta Parizotto. Também é preciso estar atento à vida útil do equipamento. “Caso esteja comprometida, é aconselhável a substituição”. 


Economia: conforto no banho e no bolso

Aquecedores a gás são garantia de um banho quentinho e com água à vontade. E como se isso já não fosse bom o bastante, os aparelhos também são mais econômicos que um chuveiro elétrico, como afirma o Engenheiro da Compagás - Companhia Paranaense de Gás, Alexandre Gonçalves. Ele destaca que, com o gás natural, a economia fica em 44% e no caso do GLP (que é o gás de cozinha), aproximadamente 15%. “Se você comparar uma qualidade de banho igual, com mesma vazão de água a 35 graus, o custo deste banho com gás é bem menor”, esclarece. 

Não significa, porém, que dá para ignorar o relógio e esbanjar. Isto porque, no inverno, o consumo de gás para aquecer a mesma quantidade de água é maior. “No verão, não é difícil que água fique a 25 graus na temperatura ambiente, ou seja: para chegar aos 35 graus do banho, você vai ter que aquecer 10 graus, mas no inverno, a água na temperatura ambiente vem a 10 graus, então você vai ter que aquecer mais para chegar aos 35 graus e isso requer mais energia. Por isso, estimamos que, nesta época do ano o consumo aumente 30%”, completa.


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