Outdoors foram espalhados por diversos pontos de Londrina, nesta quinta-feira (14), com mensagens contrárias ao passaporte sanitário, estudado pela Secretaria Municipal de Saúde. Caso seja aprovada, a medida passa a estabelecer a exigência do comprovante de vacinação para entrar em estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes, shows, entre outros ambientes de lazer.
Os outdoors trazem mensagens como “Vereadores, derrubem o decreto inconstitucional do prefeito. Votamos em pessoas, não em partidos, não se esqueçam disso. Passaporte sanitário não”, e “Nunca foi pela sua saúde, é sobre controle. Diga não ao passaporte sanitário”.
Contrário ao passaporte da vacina, o vereador Santão defende a ideia dos outdoors. “Não sou contra a vacinação, sou contra a imposição de regras que retiram direito de pessoas de bem pelo fato de não terem se vacinado. Quero parabenizar as pessoas responsáveis pelos outdoors, porque eu creio que pensem como eu, que não se pode tirar a liberdade individual do ser humano”, disse.
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A medida tem gerado polêmica nas ruas e na Câmara de Vereadores. Uma indicação contra o passaporte foi aprovada na semana passada e encaminhada ao prefeito Marcelo Belinati. “Eu apresentei essa indicação porque eu sou defensor das liberdades individuais do ser humano. Nós não podemos obrigar ninguém a ter atitude idêntica a que eu tenho, e eu penso que o poder público também não pode fazer isso. A indicação que foi aprovada diz que nenhum comerciante pode cobrar o passaporte sanitário. Quando você faz isso com um cidadão de bem, você está ceifando o direito dele”, disse o vereador Santão.
Já o vereador Fernando Madureira, defende a medida. “Com o passaporte mostra que o cara está protegido pela doença. Eu não me sentiria a vontade por exemplo, de entrar em um shopping ou elevador, e um cara espirrasse lá dentro com a minha família toda lá”, explicou.
Mesmo com a indicação contraria da Câmara, encaminhada ao Poder Executivo, o prefeito Marcelo Belinati tem autonomia de tornar obrigatório o passaporte da vacina por meio de um decreto. No dia 29 de setembro, ele assinou um decreto para que a vacinação seja obrigatória a todos os servidores municipais, que precisam comprovar o esquema vacinal completo.