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Espaço remanescente para política monetária deve ser pequeno, repete BC

08/07/20 às 13:10 - Escrito por Estadão Conteúdo
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta quarta-feira, 8, uma série de mensagens a respeito da política monetária no Brasil, durante apresentação feita em reunião virtual com embaixadores da União Europeia. Entre as principais, está a de que "o espaço remanescente para a utilização de política monetária é incerto e deve ser pequeno".

No mês passado, o BC cortou a Selic (a taxa básica de juros) em 0,75 ponto porcentual, de 3,00% para 2,25% ao ano. Na ocasião, a instituição ponderou que o espaço para mais cortes seria "incerto" e "pequeno". Esta é a mensagem reforçada por Campos Neto na apresentação desta quarta.

O presidente do BC registrou ainda, em sua apresentação, que "neste momento, a conjuntura econômica prescreve estímulo monetário extraordinariamente elevado". Além disso, "para as próximas reuniões, o Comitê vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no grau de estímulo monetário será residual".

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Em outra ideia contida em documentos recentes do BC, Campos Neto afirmou nesta quarta, por meio de sua apresentação, que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reconhece que, "em vista do cenário básico e do seu balanço de riscos, novas informações sobre a evolução da pandemia, assim como uma diminuição das incertezas no âmbito fiscal, serão essenciais para definir seus próximos passos".

Fluxo de capitais

O presidente do Banco Central avaliou ainda que o fluxo de capitais tende a se acomodar e a melhorar as contas externas brasileiras.

Em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, Campos Neto vem afirmando que, em um primeiro momento, o Brasil passou, assim como outros países emergentes, por um processo de forte saída de capitais. O movimento foi puxado por investidores em busca de ativos mais seguros no exterior.

Em um período mais recente, porém, o movimento de fuga de dólares arrefeceu. Ao mesmo tempo, o País tem registrado entrada maior de recursos pela conta comercial, em função das exportações firmes de produtos alimentícios e da redução das importações em geral.

Isso é confirmado pelas projeções mais recentes do próprio BC para o balanço de pagamentos. A estimativa para o déficit em conta corrente em 2020 está em US$ 13,9 bilhões. No ano passado, o déficit havia sido de US$ 49,5 bilhões.

A apresentação completa de Campos Neto está disponível no seguinte endereço: https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/discursos.

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