Em uma semana na qual renovou sucessivos recordes e se aproximou da nova resistência (94 mil pontos), o Ibovespa sucumbiu às correções e encerrou o último pregão da semana em baixa de 0,16%, aos 93.658,31 pontos. Ainda assim, garantiu uma rentabilidade acumulada semanal de 1,98% e, no mês, de 6,57%. O giro financeiro foi de R$ 14,9 bilhões nesta sexta-feira, 11. O movimento de baixa foi compatível com o de seus pares em Nova York, ainda que um pouco mais ameno.
Na avaliação de Rafael Passos, da equipe da Guide Investimentos, a retração do índice foi tão comedida que, se não fosse a correção dos preços do petróleo nesta sexta, teria forças para operar na contramão das outras bolsas.
Houve, sim, um fluxo de notícias específicas corporativas que contrabalançaram o ímpeto de realizações, como o sinal verde do presidente Jair Bolsonaro para a junção da Embraer e Boeing. As ações ordinárias da fabricante brasileira de aeronaves passaram o dia em alta - chegando na máxima intraday a 10% - e encerraram com ganhos de 2,57%%. Também, complementa Passos, a renda variável teve início de ano com rali forte e os investidores começaram a puxar os papéis que ficaram mais para trás, como, por exemplo, Ambev, que fechou o dia em alta de 2,61%.
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Por mais um dia consecutivo, as ações ON do Banco do Brasil tiveram alta em contraposição ao restante das blue chips. Encerraram com ganhos de 0,41%.
Para o início da próxima semana de negócios, o analista acredita que o exterior ainda pesará sobre as decisões, uma vez que está prevista a votação do Brexit, as negociações entre Estados Unidos e China ainda estão em andamento e há divulgação de dados econômicos nos dois países, como varejo americano e balança comercial chinesa, que dão indicações a respeito do ritmo de aquecimento da economia global. No Brasil, o mercado fica atento ao IBC-BR do Banco Central. "A divulgação dos dados do varejo também pode mexer com os papéis ligados a consumo pontualmente, mas o externo vai se sobrepor", prevê Passos.
A conta-gotas, os investidores estrangeiros começam a voltar à Bolsa e ingressaram com R$ 63,543 milhões na última quarta-feira (9). Ainda assim, o saldo acumulado é negativo em R$ 1,138 bilhão.