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Iniciada a obra de mais uma central hidrelétrica no Rio Chopim

03/09/18 às 14:20 - Escrito por Redação Tarobá News
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Já está em construção no Rio Chopim, em São Jorge D’Oeste, a Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Nogueira - na margem oposta à CGH Generoso que entrou em operação no ano passado. João Alberto Bandeira, de Marmeleiro, um dos sócios do empreendimento, diz que a nova usina tem baixo impacto ambiental, pois utiliza o sistema de fio d’água, sem a necessidade de utilizar barramento. “Se comparada com a CGH Generoso, por exemplo, essa obra tem uma intervenção menor, um canal de água menor, casa de força também menor, sem contar as obras civis que são reduzidas, então possui baixo impacto”, comenta João.
Atualmente, cerca de 30 colaboradores trabalham nas detonações e preparo do terreno para construção da casa de força. O número de trabalhadores aumentará quando iniciarem as obras civis. “Além de gerar ICMS para o município, estamos utilizando os serviços de empresas do próprio município, em restaurantes, combustível e borracharia”, enaltece João. A CGH Nogueira irá gerar 5 megawatts de energia e tem investimento de R$ 21 milhões.

Tecnologia na turbina
Uma das grandes novidades da CGH Nogueira ficará embaixo d’água. Serão utilizadas as novas turbinas criadas pela alemã Voith. “Ela é chamada de StreamDiver, também apelidada de ‘mergulhador’, diferente de outros tipos de turbina em que há possibilidade de ver a rotação da peça, esta ficará submersa, sem estar visível”, explica João. Será a primeira turbina do tipo instalada no Brasil, a segunda da América Latina e a sexta do mundo. “A turbina é importada, mas a assistência e instalação são da equipe Voith Brasil. Nossa usina será uma vitrine para o restante do Brasil”, acrescenta.
Serão sete turbinas submersas que permitem menor nível de aterramento, estrutura civil simplificada, redução do volume de concreto, baixo impacto visual, sem emissão de ruídos e não utiliza óleo para funcionamento. “Ela minimiza ainda mais o impacto ao meio ambiente”, afirma João. A energia gerada por elas será vendida no mercado spot. “O preço da energia é instável e em um contrato a longo prazo, por exemplo, pode não ser vantajoso, pode perder o preço”, avalia João.

Unidade de Conservação
Uma das condicionantes para liberação da licença de instalação foi a elaboração de um estudo para uma unidade de conservação. Isso porque no local há uma área de 200 alqueires de mata nativa que serão preservadas por medidas ambientais. “Nós contratamos a empresa Núcleo Nativa que fez um mapeamento completo daquela porção de mata e da fauna aquática. Os especialistas descobriram que no local há, inclusive, espécies não catalogadas”, comenta João. A ideia do grupo de empresários é criar um parque para promover estudos e visitas.

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Complexo energético
No próximo ano, outra Central Geradora Hidrelétrica pode ser instalada no Rio Chopim. “Estamos em fase de estudos, mas para o fim do próximo ano pode iniciar a obra da CGH Viganó 1, na margem de Cruzeiro do Iguaçu e irá gerar 5 megawatts”, completa João. O projeto do grupo é de instalar seis usinas no Rio Chopim, que juntas podem gerar 26 megawatts de energia, o suficiente para abastecer uma cidade de 170 mil habitantes.

Sudoeste abriga complexo energético

No ano passado, o Legislativo paranaense aprovou a construção de 18 novos empreendimentos hidroelétricos no Estado. No Sudoeste do Estado foram autorizados os pedidos de construção da CGH da Ilha, no Rio Chopim, entre Itapejara e Coronel Vivida; PCH Invernadinha e Forquilhinha, ambas no Rio Marrecas, em Mangueirinha; CGH Nogueira, no Rio Chopim, em São Jorge D´Oeste (em construção); e CGH Pampeana, no Rio do Banho, em Clevelândia. Entre Beltrão e Bom Sucesso do Sul foi construída recentemente a PCH Jacaré, no Rio Santana, com potência de 5 megawatts. Ainda no Rio Santana, em Bom Sucesso teve início outra PCH na linha Alto Alegre, com potência de 5.6 megawatts. O JdeB tentou contato com o grupo empreendedor para mais informações, mas não encontrou os responsáveis.

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