Após nove meses, a operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em todo o país para combater irregularidades e desarticular uma organização criminosa liderada por fiscais do Ministério da Agricultura e empresários do agronegócio, parece não ter interferido tanto na exportação de carnes do Paraná.

Com centenas de demissões e fechamento de frigoríficos, a operação Carne Fraca impactou o mercado de carnes bovinas, suínas e de aves. Mesmo com restrições até para a exportação, o mercado brasileiro, responsável por 40% das exportações globais de frango, não ficou no prejuízo.

Segundo o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Julio Suzuki Júnior, o Paraná superou a operação e conseguiu produzir ainda mais e se manter como um dos maiores produtores e exportadores de carne do país.

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“Não se observa algum impacto relevante da Operação Carne Fraca no âmbito da produção e das exportações do Paraná. No período de janeiro a novembro de 2017, as exportações paranaenses de carne de frango in natura evoluíram o 13%, enquanto as exportações de suínos avançaram 18%. O Paraná consolida, no ano de 2017, a condição de maior produtor de carnes do país”, afirma Julio Suzuki.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), as exportações de carne bovina devem registrar alta de 9% este ano, com embarques de 1,53 milhão de toneladas. O Suzuki acredita que a retomada das exportações em 2018 vai melhorar ainda mais as condições dos produtores do estado. “Esse movimento de comércio internacional de carnes vai resultar dentro da produção com maiores volumes no seguimentos avícolas, suínos e também bovinos”, destaca o diretor-presidente do Ipardes.

Atualmente, o Paraná responde, por exemplo, por 36% das exportações de frango do país.

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