“Estamos indignados e somos solidários às paralisações dos caminhoneiros”. Essa é a afirmação do presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Roberto Orso. De acordo com o produtor rural e sindicalista, a atual política de reajustes de preços da Petrobras onera em vez de estimular o setor produtivo. “Quem paga essa conta é o produtor e o consumidor”, lamentou.

A greve dos caminhoneiros, que cruzaram os braços e bloqueiam o trânsito em diversos trechos de rodovias do país, chegou ao terceiro dia nesta quarta-feira. Agricultores aderiram à causa e alguns levaram tratores ao Trevo Cataratas, em Cascavel. Com a falta de transporte, o desabastecimento de combustível e de produtos começa a acontecer, inclusive obrigando grandes cooperativas, como a Lar e a Frimesa, a suspenderem os abates nesta quarta. Somente a Lar deixa hoje de abater 615 mil aves e industrializar 80 toneladas de produtos.

A FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) e diversos sindicatos rurais em várias regiões do Paraná também se posicionaram contrários ao aumento abusivo nos preços dos combustíveis

Leia mais:

VEJA DICAS

13º salário movimenta quase R$ 600 milhões na economia londrinense

DINHEIRO NO BOLSO

Pagamento do 13º salário injetará R$ 590 milhões na economia londrinense

LEVANTAMENTO

Neste fim de ano, 15% das empresas paranaenses vão contratar temporários

R$ 134 MILHÕES POSITIVO

Londrina termina 2º quadrimestre de 2023 com equilíbrio orçamentário

A Federação encaminhou ofício aos deputados estaduais, parlamentares do Congresso Nacional, à governadora do Estado e ao presidente da República, solicitando soluções urgentes para reduzir a carga tributária incidente sobre a gasolina, o diesel e o etanol, que pode chegar a 40% do preço na bomba.

Segundo o documento assinado pelo presidente da FAEP, Ágide Meneguette, “Os produtos da agropecuária são os que mais demandam o uso de combustível, especialmente do óleo diesel, utilizado nas máquinas e equipamentos para plantio e colheita e, principalmente, para seu transporte com destino ao mercado”.

Orso disse que não apoia a política de preços utilizadas no governo Dilma Rousseff, que funcionava à base da intervenção política. “No entanto também não somos a favor do modelo atual, que tenta ainda corrigir a corrupção da estatal. Precisamos rever esse modelo porque o diesel é um dos principais insumos do setor produtivo, tanto agropecuário como os outros. O preço está insustentável”.