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Temer: é legítimo parlamentar se preocupar com efeito de voto a favor da reforma

12/12/17 às 18:05 - Escrito por Estadão Conteúdo
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O presidente Michel Temer disse que a preocupação dos deputados e senadores com a possibilidade de não se reelegerem caso votem a favor da reforma da Previdência é legítima. Segundo ele, porém, é preciso aprovar a proposta para evitar uma proposta mais radical daqui dois ou três anos. Ele citou como exemplo países como Portugal e Grécia, que fizeram cortes benefícios recebidos pelos aposentados da ordem de 20% a 30%.

"É legítimo que o parlamentar se preocupe com o efeito de uma eventual votação que ele tenha na Câmara e no Senado. É mais do que legítimo. Fui parlamentar por seis mandatos e sei o que isso significa", afirmou, em discurso para empresários no Palácio do Planalto.

"Precisamos fazer a reforma já, e precisamos do apoio do Congresso, que tem nos dado apoio com significativa maioria", acrescentou. Temer disse que o governo está próximo de conquistar os 308 votos necessários para aprovar a proposta.

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"Quando lançamos o primeiro projeto de reforma, ele era muito mais amplo, e houve muita mobilização popular. Os parlamentares se preocuparam muito, com a hipótese de ter repúdio de natureza eleitoral", disse.

Na avaliação de Temer, hoje, esse risco não existe, pois a proposta em discussão hoje tem uma "suavidade extraordinária". Segundo ele, a primeira proposta iria gerar uma economia de R$ 1 trilhão para o governo, enquanto a atual promoverá uma economia de R$ 600 bilhões. "Entre zero e R$ 600 bilhões, melhor uma economia de R$ 600 bilhões."

Temer disse que a reforma da Previdência é a mais importante das reformas, assim como a reforma tributária. "Precisamos fechar esse ciclo reformista, ou melhor, dar continuidade a ele. Uma das reformas mais fundamentais é a reforma da Previdência, além da simplificação tributária", disse.

O presidente disse que a aprovação da reforma da Previdência demanda o empenho do Executivo e do Legislativo. "É preciso o empenho de todos", afirmou. "Só conseguimos chegar até aqui porque tivemos e temos apoio do Congresso. Montei um governo semipresidencialista. Quero voltar a esse tema, porque acho que esse pode ser o caminho do Brasil em um futuro próximo", afirmou.

"Quem governa não é apenas o Executivo", afirmou, criticando gestões que tratam o Legislativo como "apêndice". "Quem não tem apoio do Congresso Nacional não consegue governar."

Temer disse que as ações adotadas pelo governo nos últimos meses têm a preocupação de aliar responsabilidade fiscal e social. Sobre comércio exterior, o presidente disse ainda que o governo "universalizou" as relações brasileiras, "como convém a um governo que se quer democrático e participativo". "Não ideologizamos as relações exteriores."

O Palácio do Planalto não divulgou ainda a lista de empresários presentes no Palácio do Planalto.

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