Equipes pedagógicas estão com dificuldades para lidar com o problema das drogas dentro e ao redor dos colégios. As escolas estão sobrecarregadas porque estão tendo que cumprir o papel que seria da família e do estado. Enquanto isso, o tráfico se aproxima cada vez mais do ambiente escolar e alcança adolescentes cada vez mais cedo.
Deixar o filho na porta da escola não deveria ser uma preocupação. Mas tem sido. O receio não é a toa. Os colégios estão na mira de muitos traficantes por terem a maior concentração de adolescentes, muita vezes vulneráveis, fragilizados... Uma estudante que não quis se identificar relata que é comum ver alunos usando drogas nos arredores, mesmo em horário de aula.
A situação diz respeito a um dos mais antigos e centrais colégios estaduais de Cascavel: o Wilson Jofre. A pedagoga explica que existe um controle de entrada e saída dos alunos, mas que os estudantes encontram brechas.
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Não é um problema pontual. Difícil mesmo é dizer qual colégio não enfrenta isso hoje. No Santa Felicidade, o monitoramento por câmeras vez ou outra mostra a presença de pessoas estranhas no entorno.Essa soma de fatores foi se acumulando e a situação chegou a um ponto em que a escola não tem conseguido cumprir o seu papel fundamental. Os problemas externos estão recaindo, dentro dos colégios. E os professores que deveriam estar preocupados em repassar o conteúdo, estão cumprindo funções dos pais e do estado.