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Paraguai proíbe ideologia de gênero em escolas públicas

16/10/17 às 14:18 - Escrito por Antonio Mendonça
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O Ministério da Educação e Ciência do Paraguai cedeu à pressão dos cristãos do país e emitiu uma resolução na última terça-feira, 10 de outubro de 2017 proibindo a disseminação e uso de materiais referente à ideologia de gênero nas escolas públicas.

A proibição afeta tanto instituições educacionais públicas quanto as subsidiadas, que não podem usar qualquer tipo de recurso, seja ele impresso ou digital, que se refira ao assunto. “O Ministério não vai promover a ideologia do gênero como qualquer outra ideologia, por exemplo, a ideologia política”, disse o ministro da educação Enrique Riera.

A resolução também determina que a Diretoria Geral de Currículo, Avaliação e Orientação revise os textos educacionais e emita um relatório com propostas, adotadas de acordo com os “princípios constitucionais e legislação atual do país”, no prazo de 60 dias.

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Além disso, as Coordenadoras e Supervisoras Educacionais serão responsáveis por assegurar o cumprimento desta lei.

Os materiais que agora estão proibidos falavam sobre homossexualidade e bissexualidade para crianças que cursam o ensino primário. Também dizia que “o gênero é uma construção social”.

A medida do MEC responde à controvérsia que surgiu algumas semanas atrás quando centenas de pessoas, a maioria cristãos, fizeram um protesto na frente do Congresso para reivindicar um sistema de educação pública baseado em “valores familiares tradicionais, estabelecidos na Constituição”.

O artigo 52 da Constituição do Paraguai afirma que “o casamento entre o homem e a mulher é um dos elementos fundamentais na formação da família”.

“Quero lhe dizer que o Ministério da Educação se baseia no artigo 52 da Constituição Nacional, de uma família tradicional, de valores tradicionais, com pai, mãe, filhos: também é a minha posição e nós naturalmente respeitamos as diferentes opções, mas não as infundiremos nas escolas públicas”, enfatizou Riera.

“Respeito a diversidade, mas isso não significa incutir uma ideologia de gênero”, acrescentou o ministro que foi apoiado pelo presidente Horácio Cartes, que sempre se assumiu como um conservador.

El Espectador 

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