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Redação nota mil exige persistência e dedicação, contam estudantes

06/04/21 às 08:05 - Escrito por Agência Brasil
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Persistência e constância são palavras-chave para alcançar a nota máxima na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. A dica é da estudante brasiliense Isabela Saraiva, responsável por uma das 28 redações que atingiram esse patamar. Entre os alunos com nota mil, 71,4% são mulheres.

A pandemia de covid-19 e o impacto no sistema de ensino mudaram a rotina diária de 12h de estudos de Isabela. Para alcançar a excelência na prova, a estudante precisou se adaptar para manter o foco e não perder o estímulo. 

“Trazer a rotina de estudos para dentro de casa de tornou um desafio muito grande, pois essa nunca havia sido a minha realidade: desde o Ensino Médio, eu estudava fora de casa, tanto no período da manhã (na escola), quanto no período da tarde (no cursinho preparatório para o PAS). Com isso, minha rotina teve que mudar bastante. Mesmo que eu tentasse manter os horários de antes, estar em casa proporcionava confortos que antes eu não teria. E estudar é exatamente sair da zona de conforto. Então lidar com esse paradoxo foi bem difícil”, conta a estudante.

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De acordo com Isabela, a rotina exigia uma redação por semana, e, às vezes, duas, quando tinha simulados. No entanto, as dificuldades quase fizeram com que a futura estudante de medicina desistisse de fazer a prova. 

“Com a pandemia, eu precisei driblar, com todas as forças, a falta de atenção e a procrastinação. Isso foi bastante desafiador. No meio do ano, em julho, pensei que aquele seria um ano perdido, pois eu não estava mais tendo o mesmo rendimento de antes. Pensei que estava no caminho errado, por não estar sendo tão produtiva quando eu gostaria. Isso me fez pensar em desistir. Já não sentia mais prazer em estudar. Com a ajuda da minha família, principalmente dos meus pais, consegui me reerguer, e esse foi o recomeço mais importante da minha vida”, avalia.

As dificuldades impostas pela pandemia de covid-19 também não afastaram o sonho da jovem estudante de Belém do Pará, Sofia Lorenzoni Vale, 19 anos, em alcançar uma vaga no curso de medicina. Para atingir a nota 1000 na redação, a estudante conta que o diferencial foi criar o hábito de produzir textos associado à leitura.  

“O que eu considero que fez a diferença foi produzir textos com frequência, prestando muita atenção na correção dos professores e cronometrando o tempo. Além disso, selecionar bastante repertório sociocultural ao longo do ano foi muito importante”, disse Sofia.

Segundo a estudante, a rotina de estudos foi mantida mesmo com os desafios de manter o esquema escolar durante o período em que as atividades se mantiveram exclusivamente a distância. Apesar da angústia com a situação global, a vontade de ser médica foi o impulso para manter os estudos.  

“Acho que durante uns quatro meses foi exclusivamente online, o que não foi muito bom. Mas depois o cursinho passou a funcionar por rodízio: eu ia uma semana e fica outra em casa, foi assim até a prova do Enem. Porque aprender virtualmente nunca é a mesma coisa que presencialmente. A concentração, a motivação e o feedback dos alunos ficam prejudicados”, avaliou.

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