O Kuwait está tentando mediar a crise iniciada com a decisão de quatro países do mundo árabe de cortar relações diplomáticas com o Catar, afirmou o ministro de Relações Exteriores do Catar, Mohammed Bin Abdulrahman Al Thani, nesta terça-feira.
A maior crise diplomática no Golfo Pérsico desde 1991 veio em meio a acusações de que o reino do Catar estaria tentando desestabilizar a região e financiando grupos terroristas. O Catar abriga 10 mil soldados americanos e uma grande base militar dos EUA.
Em entrevista à emissora de TV Al-Jazira, o ministro disse que o dirigente do Kuwait pediu ao emir do Catar, o xeque Tamim bin Hamad Al Thani, que adiasse um discurso sobre a crise que faria na noite de hoje.
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"Ele recebeu uma ligação do emir do Kuwait lhe pedindo que adie (o discurso) para que haja tempo de resolver a crise", afirmou o ministro.
Ontem, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein anunciaram o rompimento de relações diplomáticas com o Catar. Iêmen e Maldivas seguiram o gesto das nações árabes, assim como um dos governos rivais da Líbia.
A iniciativa veio apenas duas semanas depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, visitar a Arábia Saudita e prometer fortalecer laços com Riad e Cairo para combater o terrorismo e conter ações do Irã.
O Secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, atribuiu o rompimento a diferenças de longa data e pediu às partes que solucionem o conflito. Fonte: Associated Press.