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Guaidó justifica foto na Colômbia com traficantes

14/09/19 às 06:46 - Escrito por Estadão Conteúdo
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Fotos publicadas na quinta-feira nas redes sociais mostram o presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, ao lado de dois membros de um organização criminosa da Colômbia, denominada Los Rastrojos, em ponto indefinido no trajeto até a fronteira entre os dois países.

Funcionários do governo venezuelano têm usado as fotografias como prova de que a entrada de Guaidó na Colômbia, em fevereiro, foi orquestrada com o auxílio de criminosos, provocando uma crise para a oposição venezuelana e para o presidente da Colômbia, Iván Duque.

Guaidó e Duque acusam o presidente Nicolás Maduro de ceder território venezuelano para a atuação de milícias como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN). No entanto, o grupo Los Rastrojos é o que os colombianos chamada de "Bacrim" (bando criminoso). Eles foram criados a partir do cartel Norte del Valle - que por sua vez surgiu do cartel de Cali.

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Na ocasião em que as fotos foram tiradas, Guaidó se deslocava para um evento na cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela. Um empresário britânico organizou na cidade um show beneficente para arrecadar fundos e ajuda humanitária para os venezuelanos. Guaidó esteve presente, ao lado de Duque, do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e do presidente do Chile, Sebastian Piñera.

Como a fronteira estava fechada, por ordem de Maduro, Guaidó teve de sair por uma rota alternativa - aparentemente, dominada pelo narcotráfico. No entanto, ontem, Guaidó negou manter vínculos com criminosos colombianos e afirmou: "Era difícil saber quem me pedia fotos".

Segundo o líder opositor, durante a travessia entre a Venezuela e a Colômbia, ele teve de desviar de diversos bloqueios das autoridades e "muitas pessoas pediram para tirar fotos". Nas imagens, ele aparece ao lado de John Jairo Durán Contreras, conhecido como "Menor", e de Albeiro Lobo Quintero, apelidado de "Brother". Ambos foram presos em Cúcuta, em junho.

Duque disse que está satisfeito com as explicações de Guaidó. "O que Juan Guaidó fez é titânico. Por isso, além das explicações que ele deu, que me parecem satisfatórias, o que precisamos reiterar é nosso apoio irrestrito ao povo da Venezuela, para que eles recuperem rápido sua liberdade."

A difusão das fotografias levou à abertura de um processo contra Guaidó, o quinto este ano. O procurador venezuelano, Tarek Saab, considerou a justificativa de Guaidó "impensável" e afirmou que ele e o seu entorno "mantêm relação com grupos criminosos". (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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