Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Menina de 10 anos sangra até a morte após sofrer mutilação genital na Somália

20/07/18 às 13:35 - Escrito por Estadão Conteúdo
siga o Tarobá News no Google News!

Uma garota de 10 anos sangrou até a morte depois de sofrer uma operação de mutilação genital na Somália, informou uma ativista. O país registra os maiores índices mundiais de realização da prática.

A menina morreu em um hospital na segunda-feira, 16, dois dias após a mãe a levar a um circuncidador em uma área remota perto da cidade de Dhusamareb, no centro do Estado de Galmudug, disse em um comunicado Hawa Aden Mohamed, do Centro Educacional Galkayo para Paz e Desenvolvimento. "Suspeita-se que o circuncidador tenha cortado uma veia importante durante a operação", afirmou Hawa Aden.

Cerca de 98% das mulheres e meninas da região do Chifre da África são submetidas ao processo de mutilação genital feminina, de acordo com informações das Nações Unidas. Enquanto a Constituição da Somália proíbe a prática, Hawa Aden afirmou que nenhuma lei foi decretada para garantir que aqueles que realizam essas operações sejam punidos.

Leia mais:

Imagem de destaque
DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Itaipu leva discussão sobre gestão compartilhada da água para conferência da ONU

Imagem de destaque
FIM DA FESTA

Maior fornecedor de armas e drogas para o Comando Vermelho, é preso em bordel no Paraguai

Josué da Cunha
INTERNACIONAL

Paranaense na Flórida, mostra cenário de destruição durante passagem do Furacão Ian

Jair Bolsonaro ONU
MUNDO

Brasil tem “economia em plena recuperação”, diz Jair Bolsonaro na ONU

Alguns deputados "temem perder sua influência política entre os poderosos grupos conservadores tradicionais e religiosos, inclinados a manter a prática", explicou a ativista.

Funcionários da área de saúde alertam para os riscos do procedimento, que, em muitos casos, remove a genitália externa e a vagina é costurada e fica quase fechada.

Apesar das campanhas na Somália contra a prática, ela é "realizada em segredo". "Reduzi-la tem sido um grande desafio", disse Brendan Wynne, da Donor Direct Action, que tem sede em Nova York e reúne ativistas mulheres do mundo inteiro.

Cerca de 200 milhões de mulheres e crianças em 30 países já sofreram mutilação genital, afirmou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que qualifica o procedimento como uma "bruta violação dos direitos humanos das mulheres e meninas". (AP)

© Copyright 2023 Grupo Tarobá