Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Autogeração vai romper com modelo tradicional de energia

20/04/18 às 10:59 - Escrito por Redação Tarobá News
siga o Tarobá News no Google News!

O Paraná dá saltos decisivos em direção a um futuro que não tem volta. As deficiências no campo energético tradicional vão, gradualmente, ser vencidas por um modelo comum e de grande sucesso em muitos países. É a autogeração, investimento que empresas e pessoas físicas passam a fazer para produzir a eletricidade que as suas empresas e residências consomem. Esse foi o centro dos debates de evento realizado na noite de quinta-feira, na Acic, que reuniu técnicos, empresários e representantes dos mais diversos setores organizados.

Há um bom tempo a produção de energias renováveis começa a movimentar segmentos importantes e a demanda pelo primeiro Estudo Energético Regional do País foi feita ao POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), que então contou com apoio da Cibiogás, o Centro Internacional de Energias Renováveis/Biogás. “Somos uma instituição científica, de tecnologia e de inovação, constituída sem fins lucrativos e formada por 22 instituições que desenvolvem e apoiam projetos no campo das energias renováveis”, diz o engenheiro ambiental Rafael de Aguiar Gonzales, que apresentou os primeiros dados do plano na Acic. A Cibiogás funciona junto ao PTI, em Foz do Iguaçu.

O presidente da Acic, Edson José de Vasconcelos, diz que os empresários começam a perceber mais claramente que há uma ruptura no modelo e que os investimentos na autogeração vão crescer muito nos próximos anos. Além de uma espécie de caminho natural, há outros fatores que dão corpo a essa tendência: o elevado preço no valor da energia convencional e também a limitação na oferta face à falta de políticas de novos investimentos em estruturas para atender a demanda crescente. Uma audiência recente sobre o futuro das energias renováveis foi realizada no Paraná e deu origem a projeto já aprovado em duas votações pela Assembleia Legislativa. Agora, para que a autogeração tenha seu regulamento no Estado falta apenas a sanção da governadora Cida Borghetti.

Leia mais:

Imagem de destaque
SEM ÁGUA E COMIDA

PCPR prende dono de petshop por maus-tratos a animais em Curitiba

Imagem de destaque
GESTÃO

Plataforma da Celepar chega a 1.100 estabelecimentos de saúde cadastrados no Paraná

Imagem de destaque
CAMPOS GERAIS

PCPR investiga abandono de recém-nascido em Palmeira

Imagem de destaque
PARANÁ

Operação Quaresma II, do IAT, aplica R$ 1,2 milhão em multas por crimes ambientais

A demanda por combustíveis fósseis vai recuar acentuadamente nos próximos anos e quem investir na autogeração, por meio das energias renováveis, sairá na frente, de acordo com Edson Vasconcelos, que é engenheiro civil e acompanha atentamente a evolução desse cenário. O estudo feito pela Cibiogás consumiu um ano e levou diversos aspectos em consideração com projeção para dez anos. “Essas dados são dos mais interessantes e vão empoderar a região nesse debate”, conforme Gonzales. Há ações e diálogos com Itaipu e Copel sobre o tema e o plano elaborado permitirá novos avanços. Ele traz dados sobre balanço energético regional, qualidade da energia gerada, potencial, projeção e projetos de futuro.

Com 25,8 mil quilômetros quadrados e 1,3 milhão de habitantes, o Oeste do Paraná conta com 21 conjuntos elétricos e 573.461 unidades consumidoras. O consumo total de energia em 2016 foi de 3.921.605 MWh. O maior consumidor são as residências, com 23,8% do total, seguidas pelo segmento comercial com 21,6% e pelo industrial com 20,7%. O diagnóstico aponta também que, sem os devidos investimentos, já em 2020 algumas subestações de energia estarão operando no seu limite. Ou seja, esse é mais um fator de impulsão, já a curto prazo, da decisão principalmente de empresas e de grupos de investir na autogeração. Um dos aspectos de sucesso dessa prática e que, além de atender à sua própria necessidade, o autogerador também poderá ser fornecedor ao sistema.

© Copyright 2023 Grupo Tarobá