Depois de viralizar nas redes sociais no ano passado, o desafio da momo está de volta circulando na internet, em vídeos que ensinam a fazer slime e na canção Baby Shark.
A personagem com olhos esbugalhados, inspirada em uma escultura japonesa, surge no meio dos vídeos incitando as crianças a cortarem os pulsos.
Dois relatos dão conta de que os vídeos foram vistos no youtube kids, embora o Google tenha anunciado que não recebeu pedidos de remoção deste tipo de conteúdo. Os vídeos também têm circulado no WhatsApp.
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Um advogado especialista em direito digital alerta que, independentemente da forma pela qual o conteúdo é compartilhado, o perigo é real, já que a internet é uma janela que abre milhões de possibilidades. "Se ela não tem a devida educação digital e o controle principalmente dos pais e da família, ela pode ter acesso a inúmeros conteúdos que nem mesmo nós imaginávamos que existissem", afirmou.
A Luciana tem dois filhos: o Marcelo de 5 anos e a Analu de 3, que costumam assistir desenhos no Youtube. Ela nunca imaginou que o perigo pudesse estar dentro de casa. "Eles já estavam tendo acesso (à momo) em um aplicativo a vídeos que são indicados para crianças de 13 anos. Então a gente optou por excluir os aplicativos", explicou Luciana.
A Carolina é mãe do Matheus de 5 anos e da Marina de 8. Em casa a ordem é aproveitar a infância e se desligar do computador. "Agora é a hora de você correr, de você se sujar, de você fazer experimentos, de você brincar. Agora é hora de ser criança e brincar", afirmou Carolina.
A Ana Paula é psicóloga e explica que este tipo de conteúdo costuma atingir crianças mais vulneráveis, por isso é importante que o canal de comunicação com os pais esteja sempre aberto. É preciso ficar atento a qualquer mudança de comportamento dos filhos. "É onde a criança se fecha, se recusa de fazer atividades que antes fazia", alertou a psicóloga.