A Câmara de Rolândia encerrou ontem (9), os trabalhos da comissão que apura o pagamento de propina de empresas a servidores públicos da Prefeitura. Nos próximos dias, uma nova comissão poderá julgar a cassação do mandato do prefeito. O relatório final com 63 páginas foi lido no plenário da Câmara de Rolândia.
Em 120 dias de trabalhos, a comissão processante de inquérito ouviu 14 pessoas, entre elas vários secretários da cidade. Os fatos apontados, reforçam a denúncia de pagamento de propina de empresas a agentes públicos da prefeitura. Segundo o presidente da comissão, num dos casos, cada poste de energia comprado rendia 600 reais a Victor Hugo Garcia, chefe de gabinete do prefeito Luiz Francisconi Neto.
Os postes já comprados pela prefeitura, eram reformados e moldados, mas ao invés do município pagar por apenas esses serviços, na nota saia com valor maior como se os postes fossem novos. No relatório, as irregularidades se estendem também a serviços como roçagem, eventos e transporte escolar e ainda a tentativa de obstrução dos trabalhos dos vereadores pelo secretário de educação, Cláudio Pinho. Mas, nenhum depoimento levou ao envolvimento do prefeito. Mesmo assim, ele está afastado do cargo desde o mês passado e é monitorado por tornozeleira eletrônica, depois de ser alvo de uma operação do Gaeco e do Gepatria.
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Investigações apontaram que desde dezembro de 2015, foram pagos mais de 230 mil reais em propina e desviados quase 24 mil e 500 reais de dinheiro público. Segundo os promotores, o dinheiro desviado era para a campanha de reeleição do prefeito, em 2016. Com a entrega do relatório final, a Câmara cogita abrir uma comissão processante nos próximos dias. O objetivo será julgar a cassação do mandato do prefeito de Rolândia, Luiz Francisconi neto.
(reportagem kathulin Tanan)