Investimentos nos diferentes modais logísticos para melhorar o escoamento da safra, apoio a cooperativas e produtores rurais para incentivar a agroindustrialização e a vocação do Paraná na produção de alimentos estão entre os pontos destacados pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta quinta-feira (8) durante o evento Superagro, promovido pela revista Exame.
Ratinho Junior participou do painel online “Os Estados de Ouro do Agronegócio do Brasil – A visão e os planos dos governadores para incentivar o setor”, ao lado dos governadores do Mato Grosso, Mauro Mendes; da Bahia, Rui Costa, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
“O Paraná tem uma economia forte, com uma participação muito expressiva do agronegócio no PIB do Estado. O agro é a nossa vocação e principal base econômica. Assim como os países desenvolvidos apostaram em suas vocações econômicas para crescer, o Paraná busca sua transformação a partir da agropecuária”, afirmou o governador.
Leia mais:

Concessão do Canal ao Porto de Paranaguá já tem data para consulta pública

Com 174 novas confirmações, Paraná ultrapassa mil casos de dengue em dois meses

Inscrições para teste seletivo de contratação de professores na Unicentro encerram dia 29

Líder nacional em doação de órgãos, Paraná lança campanha de conscientização
“O Estado já tem uma agricultura moderna e sustentável, com grande participação das cooperativas agrícolas, desde as micro e pequenas até as grandes agroindústrias. E esse ponto é essencial para o desenvolvimento, transformar os produtos primários em alimentos industrializados, ampliar essa cadeia”, ressaltou.
Um dos assuntos debatidos pelos governadores foi a cobrança internacional para que o Brasil diminua o desmatamento, o que interfere no agronegócio. Ratinho Junior disse que o Brasil tem legislações ambientais rígidas, a exemplo do Código Ambiental, e bons exemplo de agricultura sustentável. No Paraná, destacam-se a conservação de micro e macrobacias, preservação das matas ciliares, o apoio à agricultura orgânica e o programa Paraná Mais Verde, que prevê plantar 10 milhões de mudas nativas até 2022.
“O mundo procura por uma agricultura sustentável, em consonância com o meio ambiente, e nós podemos mostrar os bons exemplos que vêm do Brasil”, disse. “No Paraná, a produção de alimentos, além de sustentável, também é diversificada. O Estado não depende apenas da produção de grãos, mas é também o maior produtor de proteína animal, produz 33% da carne de frango e 37% da tilápia do País, além de soja, feijão, batata, hortigranjeiros e uma infinidade de alimentos”, salientou.
LOGÍSTICA – Os esforços do Estado para melhoria da infraestrutura também foram destacados na participação do governador no evento. Os esforços incluem investimentos nas malhas rodoviária e ferroviária, de portos e aeroportos. Com isso, o Estado aumenta a eficiência e a competitividade e reduz os custos de produção.
“O primeiro passo foi a criação de um banco de projetos executivos, para conseguir fazer um planejamento a médio e longo prazo na infraestrutura”, explicou. “Este foi um dos primeiros projetos que implantamos ao assumir o governo e hoje já temos R$2,6 bilhões em obras sendo executadas”, disse.
MODERNIZAÇÃO - O Paraná passa por um dos principais momentos na questão da modernização da infraestrutura. Com o vencimento, neste ano, das atuais concessões rodoviárias, o Estado atua junto com o governo federal na elaboração de uma nova modelagem que torne o Paraná mais competitivo.
O novo programa de concessões deve ir a leilão ainda neste ano na Bolsa de Valores (B3) e inclui cerca de 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais, com a duplicação de 1,7 quilômetros de estradas nos primeiros sete anos de contratos, investimentos que podem chegar a R$ 42 bilhões.
Outro destaque citado pelo governador foi o projeto de privatização da Ferroeste, para ampliar a estrutura ferroviária paranaense e promover a integração com o Centro-Oeste pela via férrea. A Nova Ferroeste, que também deve ir a leilão na B3 até o fim deste ano, prevê a construção de um traçado de 1.285 quilômetros entre a cidade de Maracaju (MS) e o Porto de Paranaguá, além da ligação entre Foz do Iguaçu e Cascavel, no Oeste do Estado.
PORTO - Na outra ponta, o Porto de Paranaguá, um dos maiores corredores de exportação do País, também recebe investimentos robustos, com obras de derrocagem e dragagem para aumentar o calado e poder receber navios maiores.
Também há R$ 1,3 bilhão destinado à modernização do Corredor de Exportação e construção de uma nova moega para a descarga de trens. “São investimentos que vão duplicar a capacidade de escoamento do terminal, é como se fosse implantado um novo porto em cima do atual sem aumentar a área construída. Com isso, o Porto de Paranaguá se consolida como o maior terminal de exportação de grãos do País e um dos maiores da América Latina”, afirmou Ratinho Junior.
AEROPORTOS - Ainda dentro da questão logística, o governador citou ainda a concessão de quatro aeroportos paranaenses, que foram leiloados na quarta-feira (7) pelo governo federal. Os aeroportos Afonso Pena, em São José dos Pinhais; das Cataratas, em Foz do Iguaçu; Governador José Richa, em Londrina, e Bacacheri, em Curitiba, serão explorados por um período de 30 anos, recebendo diversas obras de ampliação. Uma delas é a terceira pista do Afonso Pena. “Tudo isso faz com que o Paraná avance como o ramal logístico da América do Sul”, completou Ratinho Junior.