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Itaipu atinge a marca de 2,5 bilhões de MWh acumulados, na próxima terça-feira (21)

19/11/17 às 09:59 - Escrito por Redação Tarobá News
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Na próxima terça-feira (21), a usina de Itaipu atinge 2,5 bilhões de  megawatts-hora (MWh) de energia acumulada desde que a hidrelétrica  entrou em operação, em maio de 1984. Para comemorar esse feito histórico  da usina que mais gera eletricidade no planeta, será realizado um  evento protocolar.

A solenidade está marcada para as 15h de quarta-feira (22), no hall  do Edifício da Produção de Itaipu. A cerimônia deve contar com a  participação do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e do  presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior – além de autoridades  brasileiras e paraguaias e da diretoria de Itaipu.

Com mais essa marca, a usina brasileiro-paraguaia, localizada na  fronteira entre os dois países, reafirma seu papel estratégico para  atender os mercados do Brasil e do Paraguai. Em 2016, a gigante de  concreto e aço rompeu a marca inédita de 100 milhões de MWh e fechou o  ano com o recorde mundial de 103 milhões de MWh. Essa produção abasteceu  16% do consumo do Brasil e 76% do Paraguai.

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Se fosse possível armazenar toda a produção acumulada de Itaipu, os  2,5 bilhões de MWh seriam suficientes para abastecer o mundo inteiro por  40 dias; a Europa por 6 meses e 12 dias; a Alemanha por 4 anos e 5  meses; a França por 5 anos e 5 meses; os Estados Unidos por 7 meses; e a  China por 5 meses e 20 dias. Esses números mostram, também, quais são  os países que mais consomem eletricidade, hoje. A China ultrapassou os  Estados Unidos, que por sua vez consome, sozinho, quase o total de toda a  Europa.

Para o diretor-geral brasileiro, Luiz Fernando Leone Vianna, os 2,5  bilhões de MWh revelam a importância da usina não só como produtora de  energia, mas também como propulsora do desenvolvimento regional, a  partir de uma energia limpa e renovável. “Esse recorde também mostra a  competência do corpo técnico, do esforço e comprometimento de cada  colaborador da usina, brasileiros e paraguaios, para essa conquista.”

O diretor-geral paraguaio, James Spalding, também ressalta o  protagonismo dos trabalhadores que colaboraram para mais este resultado  histórico. “Atingir os 2,5 bilhões de MWh nos dá ainda mais motivos para  ficarmos orgulhosos da nossa capacidade de poder atender com qualidade  os nossos mercados consumidores, do Brasil e do Paraguai, sócios da  usina”, diz. “Itaipu reafirma seu papel estratégico nos dois países com  números que traduzem sustentabilidade, energia e responsabilidade  social. Isso só é possível com a dedicação dos nossos empregados.”

Energia que não para

A inauguração oficial da usina de Itaipu ocorreu em 5 de novembro de  1982, quando os presidentes do Paraguai e do Brasil acionaram o  mecanismo que levantou as 14 comportas do vertedouro.

No dia 5 de maio de 1984, entrou em operação a primeira das 20  unidades previstas no projeto. Naquele ano, Itaipu gerou 276,5 mil MWh.  As duas últimas máquinas foram inauguradas em 2006 e 2007, quando a  usina passou a operar com capacidade máxima instalada: 14 mil MW.

Desde o primeiro giro, o movimento das turbinas não parou mais. Em  2016, Itaipu rompeu a marca inédita de 100 milhões de MWh e fechou o ano  com o recorde mundial de 103 milhões de MWh, suficientes para abastecer  16% do consumo do Brasil e atender ainda 76% do consumo paraguaio.

Os novos desafios são do tamanho de Itaipu. Até 2020, a empresa  pretende se consolidar como “a geradora de energia limpa e renovável com  o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de  sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e  a integração regional”.

Itaipu também dá uma importante contribuição para a participação de  fontes renováveis na matriz energética de ambos os países: no Brasil, as  renováveis representam mais de 66% da geração elétrica e, no Paraguai,  equivale a praticamente 100%.

Ponto estratégico

Em certo ponto do Rio Paraná, a força da correnteza provocava um  ruído quando a água atingia as pequenas rochas que rompiam o seu curso.  Os povos indígenas, habitantes da região, chamavam aquela ilha de Itaipu  – ou, em tradução livre do guarani, “a pedra que canta”.

Foi neste local, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, coração da  América do Sul, que trabalhadores dos dois países construiriam a maior  usina hidrelétrica do mundo em geração de energia.

Itaipu é resultado de vários desafios. O primeiro foi diplomático: a  obra solucionou um antigo impasse que envolvia a posse de terras na  região de Salto de Sete Quedas. Uma disputa de fronteira que perdurava  desde o século XVIII.

O outro desafio foi de engenharia: até então, meados dos anos 1970,  nunca uma obra de igual magnitude havia sido erguida no mundo. O volume  de concreto usado na construção (12,7 milhões de m³), por exemplo, seria  suficiente para levantar 210 estádios de futebol como o Maracanã, no  Rio de Janeiro.

O desafio humano não foi menor. No auge da construção da barragem, 40  mil trabalhadores movimentavam o canteiro de obras. Brasileiros e  paraguaios que se instalaram na região e transformaram as duas margens.

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