Rogério Junior Bernardi. O nome é o mesmo, o número também. A foto e a assinatura são diferentes. Além disso, em um dos documentos, a comarca é Assaí. No outro, Nova Fátima. A cópia é do RG de um suspeito de sequestro em Curitiba.
O crime foi em Abril. Os supostos sequestradores bateram o carro na fuga. Um foi pego e o outro fugiu. Dentro do veículo estava essa a cópia da identidade. Apesar do preso confessar que o comparsa usava documentos falsos, foi decretada a prisão preventiva do verdadeiro Rogério, que mora em Ibiporã e passou o natal na cadeia.
Rogério foi preso no dia 19 de dezembro, às vésperas do natal. Por ironia do destino, a polícia foi chamada por causa de uma briga entre o casal e ao puxar a ficha, descobriram um mandado de prisão em aberto por extorsão mediante sequestro. Desde então, ele está preso aí na delegacia de Ibiporã.
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Aos 29 anos, Rogério tem emprego fixo. Há o depoimento de uma testemunha que estava com ele no dia do crime em Nova Santa Bárbara. Apesar de tudo, a prisão não foi revogada. Com o recesso do judiciário, tudo caminha mais devagar. A mãe, que mora em Curitiba, veio para as festas de fim de ano. Vai embora na segunda-feira e, até agora, não viu o filho.
Advogado e família não conseguem entender porque Rogério continua preso. Para a defesa, é caso até de processo de indenização contra o estado.
(Reportagem: Luciane Miyazaki/ Andelson Moro)