“Eu nem sabia que tinha  uma calçada ali. Moro aqui há dois anos e  nunca vi esta calçada”. Assim reagiu o auxiliar de produção  Márcio de França, morador da Rua Serra Dourada no Jardim Colmeia, ao ver a máquina da Prefeitura limpando uma calçada que estava tomada pelo mato e grama rasteira.

Além do mato, também foi depositado muito entulho no local: restos de madeira, móveis e até roupas. “É nosso quintal também”, resumiu a dona de casa  Luzia Brizola. A calçada foi desobstruída pela máquina da Secretaria de Obras e devolvida aos pedestres. “Vou tirar minhas madeiras, que uso no fogão à lenha dali, vou limpar. Vai ficar mais bonito”, completou a dona de casa.  Todo entulho retirado do local, foi recolhido e levado para o aterro de inertes. 

No terreno em frente a calçada, que pertence ao Município, será instalada mais uma unidade do Programa Agricultura Urbana. “Eu gosto de plantar, de cuidar das verduras e legumes, então vou fazer parte da horta”, se prontificou dona Luzia. A dona de casa  Eliane Brizola também se voluntariou a cuidar a horta. “É bom, a gente planta e colhe. Porque hoje se a gente quer uma folha de cebolinha, a gente tem que comprar e se a gente plantar fica bem melhor”. 

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Logo após esta conversa com os moradores da Rua Serra Dourada, o gestor e o gerente do Território Cidadão, José Carl%u200B%u200Bos da Silva e Ailton Lima, foram até a Rua Serra Encantada, onde havia uma pequena ocupação irregular em fundo de vale, com cerca de 20 moradores. Boa parte deles  foram retirados do local, considerado de risco. Mas restaram oito famílias que ainda moram em barracos construídos com restos de madeira, às margens de um rio que corta o Jardim Colmeia. Lá encontraram um grupo de moradoras que pediram providências para oito bags cheios de garrafas de vidro que foram abandonados pelos antigos moradores do local. “Essas garrafas estão cheias de água e a gente tem medo que a noite alguma pessoa passe aqui e acabe quebrando as garrafas no asfalto”, disse preocupada a dona de casa Maria Lucia Caetano.

O gestor do TC disse que nesta sexta feira, o material será retirado de frente das casas e levado para cooperativas de reciclagem. Cocão aproveitou para convidar o grupo de mulheres a integrarem o projeto da Horta Urbana que será desenvolvido no bairro. “Eu vou. Gosto de mexer na terra. Eu já plantava ali e colhia mandioca, salada, milho, colhia de tudo, mas a gente parou de plantar. Agora eu volto”, falou animada a dona de casa Vera Lúcia Pereira.

Assessoria