Néia voltou para casa e está cercada de carinho, após ficar quase dois meses internada no Hospital Universitário. Ela é vítima de uma tentativa de feminicídio e está tetraplégica. Família e fé, palavras que estampadas na pele, agora, mais do que nunca, são a força na luta dela pela vida.
Para cuidar da Néia em casa foi preciso contratar uma cuidadora e comprar um estoque de lençóis, fraldas descartáveis e insumos hospitalares. A jovem de 33 anos tem 4 filhos. A família conta com recursos de uma vaquinha virtual, mas ainda precisa de um equipamento para limpar o orifício da traqueostomia.
Cidneia Aparecida foi brutalmente espancada e jogada em um matagal, na zona norte de Londrina. Ela só foi socorrida porque uma mulher desconhecida que passava pelo local para ir ao trabalho viu o corpo e chamou o Samu. O principal suspeito de tentar matar Cidneia Aparecida Mariano da Costa é o ex-companheiro dela Emerson Henrique de Souza que já tinha passagem pela polícia por homicídio.
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Ele chegou a cumprir pena no regime semiaberto e estava foragido quando Neia foi espancada. Áudios encontrados no celular dela revelam a tentativa da jovem de terminar um relacionamento abusivo. Emerson está preso novamente. O Ministério Público apresentou denúncia contra ele e a justiça já recebeu. O caso será julgado na Vara Maria da Penha e pode ir à Júri Popular.
A advogada de defesa de Emerson de Souza, a Nayara de Andrade Vieira, enviou uma nota. Segundo ela, não houve intenção de matar e apenas Emerson e Cidineia sabem realmente o que aconteceu. Diz ainda que o acusado está arrependido e que torcem pela recuperação da vítima. Ainda de acordo com a defesa, o relacionamento era abusivo, principalmente, por crises de ciúme por parte da Cidineia. Ela também que teria pressionado Emerson, que estava em regime semiaberto, a cortar a tornozeleira eletrônica.
Reportagem Lívia de Oliveira / Imagens Fábio Lainetti