Paraná

Paranaenses foram os mais endividados do país em 2022

21 jan 2023 às 10:37

Os paranaenses chegaram ao fim de 2022 com o maior nível de endividamento dos últimos 13 anos.


Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 96,4% das famílias do estado possuía algum tipo de dívida em dezembro. É o maior percentual da série histórica da pesquisa.  


Com esse número, o Paraná findou 2022 no topo do ranking nacional de endividados, ficando atrás somente para Rio Grande do Sul, em que 92,2% da população estava endividada, e Rio de Janeiro, com 90,9% de endividados.  


A média nacional de endividados também bateu recorde: 77,9% das famílias estavam endividadas em 2022, uma alta de 7 pontos percentuais em relação a 2021 e de 14,3 no comparado com 2019, antes da pandemia de covid-19. O índice mais baixo foi registrado em 2018, quando 60,3% das famílias estavam com dívidas. 


Mas vale uma ressalva: os paranaenses não são os mais inadimplentes. Quando o assunto é contas em atraso, o Paraná ficou em 17º no comparativo com outros estados e, conforme os dados apurados sobre a falta de condições de pagamento, os paranaenses ocuparam a 12ª posição da lista.  


Em dezembro, 23,8% da população do Paraná estava com contas em atraso, um pouco menos do que os 24% de inadimplentes em novembro. Já aqueles que afirmavam não ter condições de quitar suas dívidas corresponderam a 8,4% no último mês do ano, ante 8,2% em novembro.  


Uma avaliação da evolução do endividamento mostra que o paranaense nunca esteve tão endividado quanto em 2022. A média anual ficou em 93,9% no ano passado, a maior de toda a série histórica. Em 2021, a média de endividados no estado foi de 90,4% e em 2020, de 89,6%. 


 Segmentação por renda 

Tanto os mais ricos quanto as famílias de menor renda chegaram ao fim de 2022 praticamente no mesmo patamar de endividamento. Entre aqueles com renda até dez salários mínimos, o endividamento foi de 96,3%, praticamente o mesmo percentual entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, que corresponderam a 96,4% em dezembro. 


Mas esse nivelamento no endividamento entre as faixas de renda não se manteve durante o ano todo. As famílias de menor renda iniciaram 2022 menos endividadas do que aquelas de maior renda e chegaram ao mesmo grau em julho, chegando a ultrapassá-las nos meses subsequentes.  


Com renda mais limitada, a inadimplência é maior entre os que possuem renda familiar até 10 salários mínimos, que chegaram em dezembro com 25,7% de famílias com contas atrasadas, ante 14,9% entre aqueles com renda familiar superior a dez salários.    


Assessoria 

Continue lendo

© Copyright 2023 Grupo Tarobá