O Sebrae apresentou nesta sexta-feira (6) a um grupo de empresários do setor da construção civil os resultados da pesquisa de oferta e demanda imobiliária de Londrina. Os dados revelam, por exemplo, que há um buraco entre imóveis populares e de alto padrão.

O cenário imobiliário mudou pouco nos últimos anos. Londrina continua sendo uma das cidades mais verticalizadas do sul do país, com crescimento médio de 8 mil pessoas por ano e de 2,5% de domicílios, índice igual ao do Estado. Procura existe, mas a oferta não tem acompanhado a demanda. Hoje há 2,2 mil unidades novas disponíveis para venda, sendo 1,7 mil apartamentos.

As demais são lotes e casas em condomínios. Além da necessidade de lançamentos, uma pesquisa encomendada pelo Sebrae mostrou que há um buraco entre imóveis populares e os de alto padrão.

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Além do estoque pequeno, a pesquisa apontou a burocracia como entrave para lançamentos imobiliários, que dependem ainda da oferta de áreas. Por exemplo, no centro, apesar do grande interesse, praticamente não há terrenos disponíveis. Já a diferença de valores entre as zonas norte e sul tem direcionado os padrões de construção. A queda nas taxas de juros, entre 7% e 8%, ampliaram a capacidade de financiamento. Ainda assim, 30% buscam imóveis na planta pela forma de pagamento. Os dados do Sebrae podem ajudar a direcionar investimentos, principalmente, para os pequenos e médios compradores.

Reportagem: Luciane Miyazaki.