Em Primeiro de Maio, um prédio está abandonado há quase cinco anos. O local foi construído para ser a sede do poder legislativo do município.
O prédio foi construído em 2012 para ser a Câmara Municipal de Primeiro de Maio. Chegou a ser inaugurado em dezembro daquele ano, mas nunca foi usado. A estrutura apresentou problemas, principalmente infiltrações, que já fizeram parte do forro ceder. Faltam rampas, saídas de emergência e vários itens obrigatórios. São tantas irregularidades que a prefeitura e o corpo de bombeiros não liberaram as licenças.
“Nós não tínhamos como instalar a Câmara num prédio que apresentava tamanha discrepância com aquilo que originalmente tinha sido orçado em anos anteriores”, afirma Hélio Camargo, assessor jurídico da Câmara.
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Enquanto o impasse jurídico não é resolvido, a Câmara não pode gastar mais dinheiro para consertar o novo prédio. Por isso, as sessões continuam sendo realizadas em um espaço cedido pela prefeitura.
Móveis e equipamentos estão estragando. A obra custou cerca de R$ 400 mil em 2012, e só os pombos ocupam o lugar, que virou depósito. A concorrência foi feita por meio de tomada de preço e a vencedora foi a construtora três irmãos, de Cambira. O contrato prevê que a Câmara fiscalize a obra. Mas os problemas só foram constatados na gestão seguinte. Quando assumiu a presidência da câmara em 2013, logo após a entrega do novo prédio, Paulo Teodoro Fernandes Junior entrou em contato com a construtora. “A empresa não veio, não conseguimos ter êxito com os contatos que fizemos com eles”, explica Paulo Teodoro Fernandes Junior, prefeito interino.
Os projetos e documentos foram encaminhados para o Tribunal de Contas e para o Ministério Público em 2013. Até hoje espera-se uma solução. “Temos que aguardar. Quando tivermos uma posição, aí vamos ver o que podemos fazer”, comenta Paulo Teodoro Fernandes Junior.
A produção tentou contato com os responsáveis pela construtora Três Irmãos, Laércio e André Barriquelo, mas não obteve retorno.
(Colaboração Lívia de Oliveira)