Paraná

Presidente de entidade se defende de acusações de corrupção

25 set 2018 às 11:40

O presidente da Fenatrocoop, Mauri Viana, se defendeu nesta terça-feira (25) das acusações de corrupção na operação Registro Espúrio desencadeada pela Polícia Federal.

Mauri Viana é suspeito de fazer parte de uma organização criminosa que, segundo a Policia Federal, recebia de forma irregular restituições de contribuições sindicais depositadas na conta especial emprego e salário. A invetigação faz parte da quarta fase da operação Registro Espurio. O sindicalista chegou a ser preso dia 18 e solto na última sexta feira (21). Segundo ele, a acusação é por conta de um processo que a entidade moveu contra o Ministério do Trabalho sobre os repasses que ficam depositados na conta especial emprego e salário.

É na CEES que são depositadas as contribuições sindicais. A conta teria hoje um montante de R$ 5 bilhões e pelo menos R$ 80 milhões deveriam ser devolvidos à entidade, mas apenas parte da verba foi liberada. Pela investigação da PF, houve desvio de R$ 9 milhões e a Federação seria investigada pelo recebimento de R$ 2,5 milhões. A informação veio à tona durante uma delação premiada de um funcionário do ministério do trabalho.

O sindicalista não nega o repasse, que segundo ele foi uma determinação judicial após a conclusão de um processo. Essa é apenas parte de R$ 80 milhões que a entidade deveria receber do Ministério do Trabalho.

Mauri Viana foi solto por determinação do ministro do STF Edson Fachin. Foi o STF que também tinha autorizado a prisão, a pedido da Polícia Federal. No dia 18 também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da federação em Brasília e em Londrina. Nesta fase, as investigações apontam a atuação de uma organização criminosa usada para obter restituições de contribuições sindicais recolhidas de forma irregular. Os valores saiam da CEES e iam para contas de entidades, e depois parte do dinheiro era repassada para servidores públicos e advogados.

(Reportagem: Ticianna Mujalli)

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