O projeto Visão de Liberdade, da Penitenciária Estadual de Maringá, é o vencedor da 14ª edição do Prêmio Innovare 2017 - na categoria Justiça e Cidadania - a mais importante premiação da Justiça brasileira. Na iniciativa, detentos confeccionam materiais didáticos para alunos cegos da rede estadual de ensino. A cerimônia de premiação aconteceu nesta terça-feira (5), no Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
O projeto paranaense concorreu com outras 710 práticas recebidas pelo Innovare. Ao todo foram selecionadas 12 finalistas que concorreram nas categorias Tribunal, Juiz, Ministério Público, Defensoria Pública, Advocacia e Justiça e Cidadania.
O presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de Maringá, instituição parceira no projeto, coronel Antonio Tadeu Rodrigues, diz que esta é uma iniciativa de mão dupla, porque além de favorecer os alunos com deficiência visual por receberem material didático apropriado, é uma importante ação de recuperação e ressocialização dos detentos.
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VISÃO DE LIBERDADE - Desde 2004, detentos confeccionam livros digitados para impressão em braille, livros falados, materiais em relevo, maquetes e jogos adaptados, entre outros materiais que são encaminhados para os alunos cegos de escolas públicas. O material feito pelos presos é distribuído para 127 municípios do Paraná atendidos pelo Centro de Apoio Pedagógico - CAP Maringá.
Já foram produzidos pelos detentos custodiados na penitenciária 84.820 trabalhos de material didático em relevo, 453 livros e 54 apostilas digitados, 126 livros falados e 12 apostilas, com tiragem de 175 cópias cada. Além dos municípios atendidos pelo CAP de Maringá, o projeto já enviou materiais para todo o Brasil, inclusive para uma biblioteca pública da cidade de Sobreda, em Portugal.
São parceiros do projeto o Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg); o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), da Secretaria de Estado.
AEN