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Surto de ex-policial acende alerta: mil PMs estão afastados por atestado no PR

14/10/19 às 16:16 - Escrito por Redação Tarobá News
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Na semana passada, moradores de Curitiba se chocaram com o surto psicótico de um ex-policial militar aposentado. O homem, de 60 anos, atirou mais de 60 vezes dentro da casa em que morava com a família, no bairro Mercês, em Curitiba. Ele manteve quatro familiares presos dentro do imóvel e só foi retirado do local por policiais após mais de quatro horas de negociação, no fim da noite da última segunda-feira (7). Por mais chocante que possa ser, casos assim têm crescido no Paraná. Nesta segunda-feira, por exemplo, mais um caso de policial com problemas psicológicos e psiquiátricos chamou a atenção: ele ameaçava se matar dentro do próprio carro, mas se entregou à polícia horas depois.

Segundo dados divulgados pela Associação de Praças do Estado do Paraná (Apra-PR), que defende os soldados da Polícia Militar do estado, surtos como esses representam 23% dos afastamentos médicos de policiais militares em atividade no Paraná. O presidente da associação, Orélio Fontana Neto, critica a estrutura da corporação por conta da falta de apoio profissional. Atualmente, são cerca de 1 mil policiais afastados com atestados médicos.

Leia mais: Policial que ameaçava se matar dentro de carro em Curitiba se entrega após negociação

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fora, pegam atestado médico particular e esses documentos não são homologados na junta médica. Caso o policial seja reincidente, ele pode ser preso por desobediência ou deserção”, afirma o presidente da Apra-PR.

A advogada da APRA, Vanessa Fontana, classifica como ilegal a normativa da Corregedoria da PM. “Ela é ilegal porque tolhe o direito do policial de cuidar da sua saúde. Está previsto que o policial, após 15 dias de atestado, precisa se apresentar na juta médica”, explica. “Mas a normativa 005 criminaliza a saúde do policial, pois mesmo que ele não esteja em condições, ele se vê obrigado a voltar ao serviço, com farda e armamento. Isso não tem cabimento”, lamenta Fontana.

Em entrevista à Banda B, Marcelo Von Der Heyde, médico psiquiatra e vice-presidente da Associação Paranaense de Psiquiatria, avalia os problemas sofridos por militares. “Neste meio, eles estão sujeitos ao stress crônico, que é relacionado à depressão e ansiedade, e ao stress agudo, devido a grande frequência de situações graves em sua rotina”, analisa.

A Banda B entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar do Paraná sobre o assunto, e espera uma resposta sobre as críticas apresentadas pela associação que representa soldados da Polícia Militar do estado. O espaço continua aberto.

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