Paraná

Transferência de pároco de Rolândia gera insatisfação nos fiéis

14 dez 2017 às 22:34

Depois da polêmica transferência do monsenhor Gafá da Catedral de Londrina, a decisão do arcebispo Dom Geremias de transferir o pároco da igreja matriz de Rolândia enfrenta resistência dos fiéis.

Monsenhor José Agius veio da Ilha de Malta aos 20 anos, ainda seminarista, a convite de Dom Geraldo Fernandes. Na época, estudava teologia em Curitiba e passava as férias em Rolândia. Oito anos depois assumiu a paróquia, uma igreja ainda inacabada. Ele não só concluiu, como reformou dentro e fora e também a praça da igreja.

Entre as obras ao longo dos anos estão a torre de sinos, o centro pastoral, paróquias e salas comunitárias. Trabalho que sempre foi além da religião. A mudança na arquidiocese de Londrina atingiu em cheio o padre José, como ainda é conhecido. Foram duas visitas de Dom Geremias Steinmetz, uma para anunciar a transferência de paróquia e outra para confirmar.

Quando completasse 50 anos como pároco, em setembro de 2019, a intenção era se aposentar, mas continuar na cidade como sacerdote. A transferência pegou não só o monsenhor de surpresa, mas também os fiéis e toda a cidade de Rolândia.

A comunidade chegou a organizar um abaixo-assinado nas redes sociais e um grupo de moradores foi à Londrina conversar pessoalmente com Dom Geremias. Uma tentativa para que o arcebispo mudasse de ideia ou, ao menos, possibilitasse uma transição mais lenta, até a festa do padroeiro ou a páscoa.

Mas não adiantou: a transferência deve ser oficializada nessa sexta. Os fiéis estão inconformados com a decisão. Eles até entendem a hierarquia da igreja e a transferência dos padres a cada 6 meses, mas pedem uma análise caso a caso. Afinal, são quase 5 décadas. Para eles, é como se fosse um luto depois de tantos anos de convivência tão próxima.

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