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Acusação pede que mais um GM seja incluído como autor da morte de Matheus

17/05/18 às 21:10 - Escrito por Murilo Pajolla
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O advogado da família de Matheus Evangelista, que morreu baleado em uma festa durante uma abordagem da Guarda Municipal na zona norte de Londrina, pediu à Justiça que o agente João Victor Góes seja incluído no processo como coautor do crime. Até agora apenas os guardas Fernando Neves e Michael de Souza Garcia respondem por homicídio qualificado.

Para o advogado Mário Barbosa, Góes tinha o dever de impedir a morte de Matheus, supostamente atingido por um tiro dado pelo agente Neves. Ele argumenta que, ao perceber que os guardas estavam em desvantagem numérica em relação ao número de pessoas na festa, Góes não deveria ter concordado em participar da abordagem.

Ainda na visão do advogado, ele não deveria ter auxiliado na remoção da vítima, que antes de morrer foi conduzido pelos GMs até o hospital Zona Norte.

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“Ele (Góes) de comum acordo com os demais tirou o jovem do local do local dos fatos, adulterando inclusive a cena do crime. O boletim de ocorrência foi lavrado com um mentira e ele não comunicou as autoridades”, afirmou Barbosa, que também atua como assistente de acusação, representando a família da vítima no processo.

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Já o advogado de Góes, Mário César Carvalho Pinto, sustenta que o GM não tinha a opção de não participar da abordagem, já que ele não era comandante da guarnição, função então exercida pelo agente Neves.

“Quem determinou a abordagem foi o Neves. Então a ele, na condição de motorista, cabia obedecer e foi o que ele fez”, afirmou Pinto. O representante de Góes ainda ressalta que seu cliente não foi apontado como coautor no laudo da reconstituição do crime, nem no inquérito elaborado pela Polícia Civil.

“Ficou bem claro pelas investigações e pelo depoimento que ele não teve nenhuma participação, não viu quem atirou. Ele a todo momento colaborou com as investigações”, argumentou.

O Ministério Público (MP) tem agora prazo de 5 dias para se manifestar em relação ao pedido do advogado da família da vítima.  Caso o MP não acate a solicitação, o assunto pode ser encaminhado pela Justiça à Procuradoria Geral do Paraná.  

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