Acusado de matar agente penitenciário é condenado a 19 anos de prisão

Guilherme Bertha Alves, acusado de matar o agente penitenciário Kevin de Souza em 2015 foi julgado pelo Tribunal do Júri na noite dessa quarta-feira (19) em Cambé. Alves foi condenado a 19 anos e 2 meses de reclusão pela morte de Kevin e pela tentativa de assassinato da noiva e do pai do agente, que o socorreram após os disparos.

De acordo com investigações, o crime teria sido encomendado por uma facção criminosa, com o intuito de gerar temor à sociedade. "Essa condenação não satisfaz às expectativas da classe, pois Alves era apenas mais um soldado do crime. A ordem para matar o Kevin saiu de dentro do presídio", afirma um agente penitenciário que prefere não ser identificado.

Ele acredita que seria preciso uma Polícia Civil mais atuante e com recursos necessários para uma investigação mais precisa. "Hoje a Polícia Civil está sucateada. São apenas 5 % dos Crimes resolvidos no Paraná e nos crimes de homicídio esse índice Aumenta para 8%, mas é muito baixo", finaliza.

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Já para Mario Barbosa, advogado da família de Kevin, o resultado foi positivo. "Embora acreditemos que a pena tenha sido pequena diante da gravidade das acusações, essa condenação traz esperança não só aos familiares, mas às sociedades londrinense e cambeense que a justiça pode tardar, mas não falha", assegura Barbosa.

Entenda o caso

Kevin de Souza, que tinha apenas 21 anos, estava trabalhando no sistema penitenciário como agente de cadeia sob o regime de PSS, lotado na Penitenciária Estadual de Londrina II. Por ter sido assassinado antes de entrar em vigor a Lei Federal nº 13.142 (de 6/7/2015), que qualifica como hediondo o crime contra servidores das forças de segurança no exercício da função ou em decorrência dela, os acusados de matar Kevin de Souza não responderão a esse agravante.

Com informações do Sindarspen