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Apesar de acordo movimento não vai deixar PF, diz Gleisi

17/04/18 às 05:09 - Escrito por Redação Tarobá News
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O Partido dos Trabalhadores (PT) e demais movimentos sociais que apoiam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na região da superintendência da Polícia Federal, onde o petista está preso, devem desmontar o acampamento até terça-feira (17), segundo acordo assinado entre o secretario de Estado de Segurança Pública do Paraná, Júlio Reis, representantes da Prefeitura de Curitiba e dos líderes do movimento. Por outro lado, a presidente nacional do PT e senadora Gleisi Hoffmann declarou que os manifestantes permanecerão, de forma permanente, em frente à PF.

A decisão ocorre após a Justiça fixar uma multa de R$ 500 mil ao dia em que manifestantes permanecessem acampados ao redor da PF.

Com o acordo, o interdito proibitório da Prefeitura de Curitiba, que proibia a montagem de acampamento em parques e praças da cidade, está suspenso. Os grupos que apoiam o ex-presidente seriam deslocados para o Parque Atuba, a cerca de 3 quilômetros da PF. O movimento de apoio ao ex-presidente poderá fazer manifestações até as 21h e com o uso de som até as 19h30, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp).

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Porém, segundo a presidente do PT, o acordo feito com as autoridades de segurança pública e representantes da Prefeitura foi outro e os manifestantes vão permanecer na região da superintendência da PF por tempo indeterminado. “O acordado pelos organizadores da vigília foi colocar as cozinhas coletivas em um terreno vazio que tem na quadra do acampamento, retirando-as de frente das casas dos moradores. Também parte das barracas dormitórios ficarão em outro terreno próximo. Ninguém irá para o Atuba!”, exclamou a senadora em seu perfil no Twitter.

O senador Lindbergh Farias (PT), em coletiva de imprensa, também desmentiu a nota divulgada pela Sesp. “Essa vígila continua, esse acampamento continua. […] Esqueçam o Parque Atuba, nós não vamos sair daqui. Vamos ter uma logística nos terrenos aqui do lado. A nota da Secretaria de Segurança Pública não reflete a verdade”, afirma. “Vai ser tudo aqui. O pernoite vai ser aqui do lado, em um terreno, que está sendo negociado. O acampamento só aumenta”, diz o senador.

No início da noite, a organização do acampamento divulgou uma nota para reforçar que a vigília na região vai se manter mesmo que as barracas e o local de pernoite dos manifestantes seja transferido. A organização também frisa que o prazo que se encerra às 18 horas de amanhã suspende a multa diária de R$ 500 mil estipulados pela Justiça.

“O local do acampamento para o pernoite, porém, será transferido para outro espaço da cidade. O que será definido pelo movimento, de acordo com as possibilidades legais oferecidas, a partir de amanhã. As atividades políticas e culturais da vigília democrática Lula Livre mantêm-se conforme programação a ser divulgada previamente. Reafirmamos que permaneceremos em luta não só em Curitiba, mas em todos os estados onde se realizam acampamentos, atos e mobilizações pela liberdade de Lula. Amanhã (17) teremos atos em todo o país pela liberdade do ex-presidente”, diz trechos da nota. Confira na íntegra abaixo:

1 – A partir de acordo entre as lideranças do movimento com a Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito de Curitiba, a Superintendência da Defesa Social e Procuradoria Geral do Município, acertou-se a manutenção do espaço da vigília e o direito à livre manifestação nas imediações da Superintendência da Polícia Federal, onde o ex-presidente Lula é mantido como preso político, bem como o trânsito na região ao longo do dia. A vigília e a luta continuam! 
2 – Manteremos quatro tendas no local e estrutura de banheiros, de maneira a assegurar a estrutura necessária para a nossa vigilância e o direito ao uso do espaço para manifestação política. Seguiremos gritando todas as manhãs nosso “Bom dia Lula” e enviando força e mensagens ao ex-presidente ao longo do dia. 
3 – O local do acampamento para o pernoite, porém, será transferido para outro espaço da cidade. O que será definido pelo movimento, de acordo com as possibilidades legais oferecidas, a partir de amanhã. 
4 – O acordo, a ser efetivado até às 18 horas do dia 17/4, ainda suspende a multa de R$ 500 mil fixada pela 3 Vara da Fazenda Pública do foro Central da Região Metropolitana de Curitiba.
5 – As atividades políticas e culturais da vigília democrática Lula Livre mantêm-se conforme programação a ser divulgada previamente. 
6 – Agradecemos aos moradores que acompanham e apoiam há nove dias o movimento. São madrugadas frias, mas de calor humano, de aprendizado e relatos dos que desejam um Brasil mais justo. Aprendemos com vocês, na imensa solidariedade e entrega que esse momento da História nos colocou. Pedimos desculpas por qualquer contratempo a todos. Seguiremos juntos em vigília e nos espaços de debate, para onde estão todos e todas convidados.
7 – Reafirmamos que permaneceremos em luta não só em Curitiba, mas em todos os estados onde se realizam acampamentos, atos e mobilizações pela liberdade de Lula. Amanhã (17) teremos atos em todo o país pela liberdade do ex-presidente. 
8 – Lula livre!

Acampamento

Desde a condução do ex-presidente Lula à sede da PF em Curitiba, cerca de 800 pessoas estão acampadas permanentemente na vizinhança do prédio da instituição e outras mil passam diariamente pelo local. No acampamento, os apoiadores de Lula dormem em barracas, montadas na rua e na frente das casas dos moradores da região.

Desde os primeiros dias, o acampamento gerou transtornos aos moradores da região. Na última semana, o Sindicato dos delegados da Polícia Federal do Paraná (SinDPF/PR) e a Prefeitura de Curitiba protocolaram na Justiça pedidos para que o ex-presidente fosse transferido para outro lugar.

Em nota, a Sesp afirma que o prazo para que os manifestantes desmontem acampamento e deixem a região termina às 18 horas de hoje (17).


Fonte : Paraná Portal

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