Policial

Assassinatos de Bruna Zucco e Valdir Feitosa completam um ano e seguem sem solução

23 mar 2019 às 08:12

Ela gostava de estudar a mente humana. De poder conviver com as pessoas e escutar a dor do outro. Mas aquele 22 de março de 2018 teria sido o último dia em que ela frequentou uma aula de Psicologia e que pegou um ônibus para ir até à faculdade em Umuarama.

Ele era proprietário de um dos principais bares da cidade e também possuía um aparente bom convívio com as pessoas. Contudo, aquela foi a última vez em que o rapaz esteve à frente do próprio estabelecimento e que foi avistado ainda com vida.

As mortes da miss Altônia Bruna Zucco e do empresário Valdir Feitosa completam um ano nesta sexta-feira, 22 de março. O crime, no entanto, ainda é cercado de mistério. A Polícia Civil não concluiu o inquérito que investiga os assassinatos e não aconteceram prisões até o momento.

Em 2018, os corpos de Bruna e Valdir foram encontrados carbonizados na carroceria de um veículo do empresário na manhã de 22 de março. Eles estavam desaparecidos desde a noite do dia anterior (21 de março), quando foram vistos pela última vez com vida.

O crime ainda possui alguns questionamentos que não têm respostas atualmente: por que Bruna e Valdir? Qual o envolvimento dos dois com o suposto criminoso? O que aconteceu no dia do crime para que eles fossem mortos brutalmente? Quem matou e quem mandou matar?

Conforme o delegado da Polícia Civil de Altônia, Reginaldo Caetano, o inquérito teve andamento, mas as informações sem confirmações não podem ser repassadas para não atrapalhar a investigação. "Difícil ter informações concretas sobre o caso, levando-se em conta que não há testemunhas e não há rastros relevantes que deem explicações sobre esse crime violento", alega.

De acordo com Reginaldo, a linha de investigação não é diferente da que é seguida desde o ano passado. Os policias apostam que o crime teria sido motivado por uma richa entre os contrabandistas de cigarros da cidade e os traficantes de drogas e que, nesse sentido, Valdir teria sido executado por estar ligado ao contrabando de cigarros.

Outra suspeita da polícia é a de que o crime possa estar relacionado com a morte de Tiago Petinati, assassinado no dia 21, poucas horas antes dos homicídios de Bruna e Valdir. Conforme a polícia, o rapaz tinha envolvimento com o tráfico de drogas e há elementos do inquérito que poderiam indicar que Valdir esteve relacionado com a morte, o que pode ter gerado revolta aos traficantes de drogas, provocando a morte do empresário e de Bruna.

"Essa era a nossa suspeita inicial, mas também não há novidades sobre o fato. Não descartamos o envolvimento entre as mortes, mas por enquanto não há nada concreto", ressalta o delegado.

Ainda conforme o delegado, até o momento, as investigações apontam que Bruna não teria relação com os criminosos. "Ela provavelmente estaria no local errado e na hora errada", afirma Reginaldo.

Em 2018, houve a apreensão de aparelhos celulares de alguns suspeitos, para que a perícia pudesse examinar se havia algum histórico de conversa ou ligação que ajudasse na investigação. Os laudos ainda não foram emitidos e encontram-se no setor de Criminalística da Polícia Civil de Curitiba. A previsão do delegado Reginaldo é de que em 60 dias algum parecer seja divulgado. "Confiamos que os celulares possam conter alguma prova que ajude a solucionar esse caso".

Informações: OBemDito


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