Policial

Assassino da praça confessa morte no bosque

23 out 2019 às 13:00

Fernando Inácio Andrade, assassino confesso de Hannan Silva, de 21 anos, encontrado morto embaixo de um banco de uma praça no centro de Londrina, confessou também a morte do chef de cozinha achado sem vida no Bosque Central há menos de 10 dias. A informação foi passada pelo delegado chefe Osmir Ferreira Neves Júnior durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23).

A suspeita de participação de Fernando nos crimes começou durante o depoimento dele ao delegado Willian Douglas Soares, após a prisão, na noite desta terça-feira (22). “A vítima que foi localizada apresentava características semelhantes a do Bosque Central. Também havia similaridade ao perfil da vítima e por se tratar de locais ermos, e isso nos fez acreditar haver conexão entre a autoria dos dois crimes”, comentou.

Segundo o delegado chefe, por terem sido levados pertences das duas vítimas e por elas terem revidado, a polícia trata os casos como latrocínios. “O que nós temos evidente é que é que não se tratam de crimes der ódio, em virtude da orientação sexual. Mas de criminosos que se valeram das circunstancias para se valer dos seus crimes. Pode ser que exista uma subnotificação de delitos, à medida que há vítimas em que não houve consumação do crime contra a vida e que tenham se negado a notificar os delitos em virtude do anonimato em decorrente desses encontros casuais”, apontou.

O delegado William Douglas Soares, teve acesso as imagens das câmeras de vigilância da Praça Rocha Pombo que foram cedidas pela Guarda Municipal. Ele aponta que elas foram essenciais não apenas para a identificação de Fernando, mas também o momento em que o crime aconteceu. Foi possível, inclusive, apontar pontos de contradição entre o depoimento e o que teria acontecido. “O vídeo mostra o ataque dele na vítima”, conta.

A Polícia Civil aponta que Fernando é garoto de programa e que a morte pode estar ligada a possíveis entrevista que Hannan estaria fazendo com pessoas ligadas à prostituição. 

Paulo Carneiro, secretário da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), disse que "como existe a suspeita tanto neste caso quanto no caso do bosque de crimes motivados por homofobia, a Comissão de Direitos Humanos vai acompanhar o andamento desses casos para que seja dado o devido tratamento como crime motivado por homofobia ou pelo menos seja feita uma investigação neste sentido". 



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