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Caso Eduarda: áudios mostram conversas entre pai e mãe da menina

08/05/19 às 13:05 - Escrito por Ticianna Mujalli
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"Então, eles estão desconfiados que você levou ela embora. Eles perguntaram pra mim várias vezes se ela não estaria com você". A fala acima é de Ricardo Seidi e faz parte de um diálogo que ele teve com Jéssica Pires. Ele é pai de Eduarda Shigematsu e ela é a mãe da menina que desapareceu em Rolândia no dia 24 de abril. Quatro dias depois, a menina foi encontrada morta, enterrada em uma casa que pertence a família. Ricardo foi preso em flagrante e é o suspeito do crime.

A desconfiança a que Ricardo faz menção na conversa era da polícia que fazia buscas pela menina. Com uma voz aparentemente tranquila, Ricardo fala também da forma como a menina poderia estar vestida quando saiu de casa. "Eu vi o tênis que ela tava limpando, é um tênis preto com solado branco. Se ela de uniforme como ela saiu, que a gente não sabe se ela levou roupa ou não, mas ela tá teoricamente com uniforme e calça". 

Em outra conversa, Ricardo conta ainda que havia ligado à polícia e que a informação era que se a menina não aparecesse ele deveria procurar uma delegacia. "Ah, outra coisa, não se se te contei, mas minha mãe disse que ela levou roupa", contou ele a mãe da menina. Ela responde: "Sim, ela me disse, levou coberta também, ela falou".

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Além disso, Ricardo também relata para a mãe da menina quando ele procurou a polícia para registrar o desaparecimento. "Infelizmente até agora não tem notícias". Ele conta ainda que as câmeras de vigilância de vizinhos não estariam funcionando ou não captavam a frente da casa, o que poderia ajudar nas investigações. Mas foi por imagens que a polícia começou a decifrar o caso.

Em uma delas, é possível ver que a menina chegou em casa 11h50 do dia 24 de abril e depois não é possível ver a garota saindo do local. As imagens mostram que o pai da menina sai por volta das 13h30 da casa com o carro. Pouco tempo depois, outra câmera mostram ele  estacionando o veículo na residência onde o corpo foi encontrado. "Ele confessou a ocultação do cadáver, mas não confessou o homicídio”, contou o delegado Ricardo Jorge, na época das buscas.

Dias depois, a avó da menina também foi presa.

A mãe de Eduarda, Jéssica Pires optou por não dar entrevistas. Por meio de nota, ela afirma que possuía vinculo afetivo grande com a menina, apesar de não ter a guarda. Ela conta que visitava a menina, ao menos uma vez por mês. Jéssica mora em São Paulo.Afirma ainda que não houve maus tratos contra a criança. Ela aponta ainda que acredita que Eduarda estaria viva se não fosse a conduta da avó, que permitiu que o pai voltasse a morar com a menina. A mãe espera também que os envolvidos sejam punidos pelo sistema de justiça. 



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