O Centro de Educação Infantil Alaíde Fausto, na Vila Nova, foi arrombado nesse fim de semana. As dificuldades, que já eram grandes, aumentaram ainda mais. Além dos estragos, até comida das crianças os ladrões levaram.

Em plena segunda-feira (18), foi preciso fazer uma faxina geral para limpar, guardar, colocar tudo em ordem, e dispensar as 54 crianças no período da manhã. A creche foi arrombada no domingo, de dia.

Primeiro, rasgaram as telas de uma espécie de despensa. Como não havia nada de interesse, partiram para a cozinha. Quebraram os vidros de duas janelas e forçaram a tela de proteção, danificando a torneira. Mas só conseguiram entrar por cima. Retiraram telhas e forçaram a entrada pelo forro de madeira. O sensor de alarme foi destruído e furtaram até a luz de emergência.

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O material de limpeza que estava na pia, comida e carne do freezer, leite e iogurte da geladeira... ficaram apenas alguns saquinhos. Frango e legumes chegaram emergencialmente da prefeitura. Os ladrões embalaram tudo o que puderam. Só não levaram tudo porque não deu tempo. Por acaso, uma funcionária passava ontem em frente à creche e, ao ver a movimentação estranha, pediu ajuda.

A diretora ainda nem sabe o tamanho do prejuízo, mas sabe que não tem dinheiro: todo mês faltam, pelo menos, R$ 4 mil. A instituição é filantrópica. Para ajudar nas contas, faz campanha de arrecadação de latinhas. Essa é a segunda vez que a creche é arrombada esse ano e a sétima entre 2018 e 2019. O maior problema é o muro muito baixo, mas também não há dinheiro para aumentar.

Reportagem: Luciane Miyazaki