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Comissão da OAB vê indícios de homofobia nas duas mortes no centro de Londrina

23/10/19 às 18:12 - Escrito por Murilo Pajolla
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A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Londrina vê indícios de homofobia nos casos das mortes de Hannan Silva, de 21 anos, e do chef de cozinha de 49 anos encontrado morto no bosque central. A Polícia CIvil, no entanto, descartou categoricamente essa possibilidade. 

"Há indícios de que seja violência contra a população LGBT. Existe a suspeita de que sejam crimes motivados por homofobia", afirmou o secretário da Comissão Paulo Carneiro. 

Segundo a polícia as duas vítimas eram homossexuais. O homem encontrado no bosque havia participado da parada LGBT no Zerão, pouco antes de ser morto pelo garoto de programa Fernando Inácio de Andrade, que confessou as duas mortes. 

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Paulo Carneiro, secretário da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Imagem: TV Tarobá)

Carneiro afirmou que a entidade vai acompanhar as investigações, com o objetivo de que a motivação por homofobia seja apurada. "Pelo menos que seja feita uma investigação nesse sentido", completou. 

"A gente acredita nessa linha de investigação, mas depende de o delegado incluir como crime de homofobia ou não". Em junho deste ano, o STF decidiu enquadrar homofobia e transfobia como crimes de racismo.

Polícia Civil não vê homofobia

Para a autoridade máxima da Polícia Civil em Londrina, o delegado chefe Osmir Ferreira Neves Junior, a homofobia não motivou o assassino. "A intenção dele era roubar, ele se valia de encontros casuais pra consumar os crimes. As mortes foram para viabilizar os roubos". 

Os investigadores tratam os casos como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. "Não se trata de crimes de ódio. Ele se servia de encontros casuais em locais ermos, independente da orientação sexual".

Nesta terça-feira, o grupo que organiza a Parada LGBT emitiu uma nota de pesar sobre a morte de Hannan Silva. "Estamos estarrecidos com o que vêm acontecendo na cidade e reforçamos protejam-se e protejam seus amigos, evitem andar sozinhos em lugares como Igapó, bosque, praças e ruas vazias", diz o comunicado. 

(Colaboração: Larissa Trevisan)

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