Policial

Corpo de Eduarda é enterrado em Rolândia

29 abr 2019 às 10:13

A menina Eduarda Shigematsu, de apenas 11 anos, foi enterrada na manhã desta segunda-feira (29) no cemitério de Rolândia.

Além de familiares, amigos, professores e colegas da escola onde a garota estudava também estiveram presentes. Todos estavam muito emocionados.

O corpo da criança foi encontrado enterrado em um imóvel da família na tarde deste domingo (28), na área central de Rolândia. Segundo o delegado da Polícia Civil (PC) Ricardo Jorge, a menina estava com pés e mãos amarrados, com uma camiseta e um saco plástico no rosto. A casa estava desocupada e na manhã desta segunda-feira era possível ver sacos de lixo e restos de cimento. Uma denúncia anônima levou os policiais ao local. De acordo com o IML de Londrina, apenas exames detalhados poderão confirmar se é mesmo Eduarda, já que o cadáver já estava em adiantado estado de decomposição.

A menina de 11 anos estava desaparecida desde a última quarta-feira (24): ela sumiu depois de voltar da escola, onde estuda no período da manhã.

A suspeita da PC é que ela tenha sido morta ainda no dia do desaparecimento, entre 12h e 13h. O suspeito, o pai de Eduarda, Ricardo Seide foi preso em flagrante por ocultação de cadáver. Em depoimento, ele confessou ter enterrado o corpo em um imóvel da família, mas nega que a tenha matado - ele afirma que encontrou Eduarda morta dentro da casa que ela morava com a avó paterna. A avó e a mãe da menina também foram ouvidas. “Encontramos uma carta dentro de uma gaveta, supostamente escrita pela Eduarda, contando que ela estava descontente com a relação com a avó. Temos informações que a avó sabia, desde o início que Eduarda estava morta e mesmo assim fez o B.O”, explica o delegado.

Durante as investigações, foram usadas imagens de câmeras de segurança de imóveis próximos. Segundo o delegado, é possível ver que a amenina chegou em casa 11h50 do dia 24 de abril e depois não é possível ver a garota saindo do imóvel. “O pai sai por volta das 13h30 da casa com o carro. Pouco tempo depois, ele estaciona o veículo na residência onde o corpo foi encontrado. Ele confessou a ocultação do cadáver, mas não confessou o homicídio”, conta o delegado.

Segundo uma vizinha de Eduarda, que falou à reportagem, a menina reclamava que o pai era agressivo e ela já teria, manifestado vontade de ir embora. Durante as buscas à criança, segundo a testemunha, o pai não manifestou emoção, se mostrando uma pessoa fria.

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