A defesa dos guardas municipais acusados de desvio de dinheiro após uma apreensão de mais de R$ 850 mil reais sugeriu que policiais militares e civis também teriam se beneficiado da quantia apreendida.
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O advogado Eduardo Ferreira, que representa 8 dos 15 GMs suspeitos de participação no crime, não negou o envolvimento dos agentes, mas sugeriu que eles foram utilizados como "bodes expiatórios".
Segundo Ferreira, o delegado responsável pelo dinheiro apreendido fez um boleto para depósito judicial no valor de R$ 860 mil. Na denúncia feita pelo MP, no entanto, a promotoria alega que a quantia era de R$ 857 mil. "Já há uma diferença substancial no primeiro", afirmou o advogado.
"Se o crime ocorreu, ocorreu dentro da delegacia e quem responde pela delegacia é o delegado. E ele investiga tanto a apreensão do dinheiro, quanto o furto, podendo ocultar prova, podendo fazer prova que beneficie, podendo inclusive livrar agentes", disse Ferreira.
"Até agora não se citou o nome de um policial militar. Até agora não se citou o nome de um superior hierárquico. Pegaram oito dos guardas municipais que são os mais frágeis para colocar um bode no meio da sala", completou.
A secretaria de Defesa Social afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto. Os 15 guardas municipais suspeitos de envolvimento no desvio do dinheiro foram afastados das funções.
(Colaboração: Larissa Trevisan)