Policial

Detentas da Penitenciária Feminina participam de projeto de produção de Haicais

12 dez 2019 às 19:57

Buscando construir novas hostórias, as alunas do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) Doutor Mario Faraco, detentas da Penitenciária Feminina do Paraná (PFP), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), participaram de um projeto de produção de Haicai. O resultado foi a publicação de uma obra com textos e gravuras feitos pelas próprias detentas.

Um dos pilares da ressocialização do preso e da execução penal, a educação está entre as prioridades de gestão do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). A proposta teve como exercício a criação de poemas curtos e objetivos, os haicais, e de ilustrações que buscam traduzir sentimentos. Segundo o diretor-geral da instituição, o projeto educativo tem a intenção de promover a cultura entre as mulhres em privação de liberdade.

“Esta é uma ação educacional que descobre novos talentos, propiciando a expressão de sonhos, vivências e ideias, dando visibilidade e protagonismo aos olhares femininos. A nossa intenção é motivar o desenvolvimento de projetos culturais e literários para um maior número de pessoas privadas de liberdade", afirmou o diretor do Departamento Penitenciário, Francisco Caricati.

De acordo com a diretora da unidade, Alessandra Antunes do Prado, a publicação intitulada "A escrita que mora em mim", mostrou-se um importante canal de comunicação e expressão dentro do ambiente prisional, além de motivar a produção textual e artística das mulheres. "Estas ações educacionais são importantes para o contexto prisional, uma vez que possibilita às detentas a relexão sobre suas próprias histórias", contou.

O projeto teve como idealizadoras as professoras Jane Cleide Alves Hir, Carina Henequim e Relindes Lanke Leite. “A importância da educação para a ressocialização das apenadas e o poder libertador das palavras que se concretizam em vidas transformadas, o que torna possível visualizar [para elas] uma nova possibilidade de vida fora dos portões da prisão”, afirmou a diretora do CEEBJA Mario Faraco, Nelma Sequineli Lemos, durante o evento.

Segundo a diretora da PFP, as presas que participaram do projeto relatam à direção e às professoras que a atividade trouxe esperança de uma vida melhor.

Fonte Depen

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