Mensagens obtidas pela Tarobá mostram como funcionava a negociação entre o grupo acusado de fraude em licitações investigado na operação Pasteiros, deflagrada nesta quinta-feira (3) pelo Gaeco.
O conteúdo se tornou público após a Justiça derrubar o sigilo da investigação. Veja na galeria acima.
A operação mira um grande esquema de fraudes em licitações em dezenas de municípios do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
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Mandados foram cumpridos em Londrina, Cambé e Ibiporã. Segundo o Ministério Público, o prejuízo aos cofres públicos chegou a R$ 10 milhões.
Nas conversas, integrantes do suposto esquema conversam sobre a divisão das vantagens ilícitas e combinam a fraude examinando as propostas um do outro antes da licitação.
Eles trocam mensagens com fotos que mostram o dinheiro do “acerto”, que, nas palavras de um dos participantes das supostas fraudes, "deu 'bão'".
Fraudes
Segundo a investigação, os representantes das empresas se reuniam e decidiam qual empresa venceria as licitações.
As empresas derrotadas renunciariam à disputa e todos dividiam o valor geral, sempre perto do teto da licitação.
No âmbito da operação Pasteiros, foram expedidas 27 ordens judiciais, sendo 4 mandados de prisão temporária e 23 de busca e apreensão, todas cumpridas.