Para o almoço dessa quinta-feira (28), coxa e sobrecoxa de frango. Desde a última terça, a carne bovina foi retirada do cardápio das 45 unidades escolares da rede municipal de Cambé – o que tinha, foi recolhido.
A suspeita é de adulteração. Há algumas semanas, a aparência e o cheiro vinham chamando a atenção. Após reclamações, o produto era trocado. Mas aí veio a suspeita sobre os rótulos. O contrato é recente, começou no dia 11 de março desse ano. São vários fornecedores. Esse fornecia apenas carne bovina. São 28 mil kg por ano, pouco mais de R$ 726 mil.
Por enquanto, até que o problema seja resolvido, a decisão foi suspender o contrato. O frigorífico de São Paulo registrou um boletim de ocorrência alegando desconhecimento dos lotes e adulteração dos rótulos. Uma van que faria a entrega nas escolas foi apreendida com 92 kg de carne na manhã da última quarta-feira. Na distribuidora, que fica em Maringá, foram apreendidos mais 607 kg e 100 rolos de rótulos falsificados em nome da Frigo Estrela. O dono da distribuidora se apresentou na tarde desta quarta-feira e reconheceu o erro. Hederney Alonso não quis gravar entrevista, mas informou que fornecia e entregava as carnes para a empresa que venceu a licitação. Como não tinha autorização para manipular ou fracionar os cortes e vender fora de Maringá, falsificava os rótulos. Mas as peças seriam mesmo do frigorífico de São Paulo. Agora, parte da investigação segue em Cambé e parte em Maringá. Por aqui, o delegado ainda vai investigar a vencedora da licitação.
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Inicialmente, o caso vem sendo tratado como estelionato, que tem pena de até 5 anos. Já os 92 kg de carne apreendidos em Cambé terão que ser descartados.
Reportagem: Luciane Miyazaki.
Atualizada às 19h