Policial

"Ele estava de birra e tentamos corrigi-lo", diz mãe que espancou criança

09 dez 2019 às 18:05

O casal acusado de espancar o filho que adotou há cerca de dois meses afirmou em depoimento à polícia que estava tentando educar o menino de 8 anos após uma suposta birra. "Ele deu um piti e nós tentamos corrigir", disse a mulher.

O garoto foi levado ao Hospital Evangélico no domingo (8) pelos próprios pais depois de convulsionar diversas vezes. A mãe confirmou que bateu no filho com palmadas, chinelas, mordidas e varadas. "Ele me mordeu primeiro e eu mordi de volta para tentar assustá-lo". Ela e o marido foram presos acusados de homicídio tentado qualificado e tortura.

No hospital, o menino foi encaminhado à UTI pediátrica; ele foi sedado e corre risco de morte. Observando os sinais de tortura, a equipe médica do Evangélico acionou o Conselho Tutelar, que por sua vez chamou a Polícia Militar. Na unidade de saúde, os policiais interrogaram os acusados, que confirmaram as agressões, mas disseram que a criança tinha histórico de convulsões e, por isso, não estava bem de saúde.

Agora, a Polícia Civil investiga o caso e os pais adotivos permanecem presos até o julgamento do caso.

"Desde criança, sempre brinquei de adotar", afirma acusada

S. Z, de 23 anos, e o marido I.Z, de 29 anos, adotaram o menino de 8 anos após 2 anos de tentativas de engravidar, afirmou a jovem. À polícia, ela declarou que mesmo com a tentativa frustrada de ser mãe biológica, sempre teve o sonho de adotar. Há cerca de dez dias, o casal fez uma festa de boas-vindas ao filho e publicou diversas fotos nas redes sociais.

No Facebook, algumas pessoas se revoltaram com o espancamento. Em uma matéria compartilhada há 5 dias, S.Z demonstra apoio à agressão física na educação dos filhos.


Desde que adotou a criança que morava em Corumbá-MS, a mãe publicou diversas mensagens sobre maternidade e adoção, além de fotos da família com o menino.


A juíza criminal Zilda Romero concedeu entrevista à TV Tarobá e alertou a população sobre casos de violência doméstica. "Profissionais da área da saúde e da educação, além de vizinhos que presenciem essas agressões, devem ligar para o Disque-Denúncia 100, ou entrar em contato com o Nucria e Conselho Tutelar". 

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