Policial

'Eu chamo isso de execução', diz noiva de homem morto por PM em Rolândia

19 ago 2019 às 15:48

A jovem Polyana Artilha, noiva do homem de 31 anos baleado na cabeça por um policial militar de folga durante uma confusão em um posto de combustíveis em Rolândia, deu entrevista à Tarobá e desabafou sobre a morte do rapaz. 

Thiago Bender, que morreu nesta madrugada na Santa Casa de Londrina, estava estudando para se tornar Policial Civil. Enquanto isso, trabalhava como vendedor e morava com a Polyana em São Paulo. Ela, por sua vez, é policial militar, e se mostrou revoltada com o fato de o namorado ter sido morto por um colega de farda. 

LEIA MAIS:

"É lamentável isso porque eu não chamo isso de legitima defesa, eu chamo isso de execução. Eu, como policial militar, quando prestei o concurso, a minha missão era defender a sociedade e fazer a diferença, sabe? Porque a corporação em si é excelente, ela é um exemplo. O que estraga é que há pessoas que entram e que não têm essa missão, né?"

O Instituto de Criminalística periciou o local da morte e ainda não há conclusões sobre quais as reais circunstâncias do crime. 

Em comunicado à imprensa, a defesa do autor dos disparos contra Thiago afirmou que trata-se de um caso de legítima defesa. A nota diz que Thiago tentou atropelar o PM, que revidou atirando. Dentro do carro estava um amigo da vítima, que também foi baleado, mas já recebeu alta.

Confira na íntegra a nota da defesa:

A defesa do Soldado Felipe Roberto Chagas, sobre o episódio havido no dia 18 de agosto de 2019, e registrado pelo Boletim de Ocorrência 962644/2019, tem a esclarecer: Que o militar estadual estava no Posto de Combustível, para abastecer seu veículo, quando se deparou com uma briga entre os frequentadores do estabelecimento comercial. Por obrigação de sua função interveio para conter a briga. Que contida a confusão, um dos envolvidos entrou em seu veículo, se fazendo acompanhar de um amigo. Que então o envolvido jogou seu carro para cima do policial acertando-o, que com receio de ser atropelado, o militar estadual se viu obrigado a agir para parar a injusta agressão disparando contra seus agressores. O policial foi atendido no Pronto Socorro de Cambé/PR. A defesa recebeu via aplicativo de mensagens um áudio que seria supostamente de autoria do amigo e acompanhante do Thiago Bender, a pessoa de João Victor Bernardy. O áudio explica a ação de injusta agressão perpetrada por Thiago Bender, porém a Defesa não pode atestar a autenticidade do áudio. O áudio será entregue à Autoridade Policial para fins periciais.

Com TV Tarobá 

Continue lendo

© Copyright 2023 Grupo Tarobá