Policial

Idosa perde R$ 90 mil em "golpe do bilhete premiado" em Londrina

05 jul 2021 às 18:42

Uma idosa perdeu R$ 90 mil reais vítima do “golpe do bilhete premiado” em Londrina. Câmeras de segurança mostram o momento em que a mulher é abordada na rua e, para a polícia, trata-se de uma quadrilha de outro Estado que tem atuado em todo o sul do Brasil.

Pelas gravações, é possível ver a vítima carregando uma mala na rua Paranaguá e também o golpista, segurando um jaleco branco. Mais à frente uma integrante da quadrilha observa se tem câmeras de segurança, mas não percebe o equipamento que flagrou o crime. Ela aborda a idosa e o falso médico, pede informações e diz que está com o bilhete premiado.

“O próprio golpista simula ligar para a Caixa Econômica Federal, onde uma suposta atendente fala os números e o valor, mas como você não tem o documento, precisa de duas testemunhas para receber o prêmio. Essa mulher fala que é da Igreja, que não pode receber dinheiro de jogo”, explica o delegado Edgard Soriani.

Depois que conseguiram convencer a mulher que o bilhete supostamente seria premiado, foram com ela até uma agência bancária. No local, outro golpista estava preparado com uma mala com um pouco de dinheiro.  O objetivo era utilizar como prova para a idosa que não seria um golpe.

“Além da ganancia da vítima, mexe com a honra dela, dizendo que precisa dar uma contribuição e posteriormente descobre que foi vítima do golpe, mas já é tarde”, afirma o delegado.

Acreditando que ficaria milionária, a idosa transferiu os R$ 90 mil reais para uma conta indicada pela golpista. A Polícia Civil investiga a quadrilha que provavelmente é de outro estado e ainda pode estar em Londrina.

“Eles vem de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e depois voltam com os recursos angariados”, diz o delegado.

O crime aconteceu na semana passada e o dinheiro não foi recuperado. Abalada, a família da idosa prefere não se pronunciar. Apesar de conhecido, o golpe do bilhete premiado continua sendo realizado com frequência. A Polícia Civil de Londrina atende pelo menos uma vítima por semana.

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