A investigação sobre as duas crianças que foram encontradas esquartejadas em estrada de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, mudou de rumo nesta quarta-feira. Durante acarreação, quando testemunhas são colocadas frente a frente para depôr, uma das pessoas afirmou que foi coagida a dar depoimento e mudou a versão dos fatos. Em um primeiro momento, a Polícia Civil havia informado que as crianças teriam mortas em possível ritual macabro.

Procurado pela reportagem, o delegado Rogério Baggio, da Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo, disse que aguarda uma decisão judicial, que deve ser proferida na tarde desta quarta-feira. A decisão é relacionada aos cinco suspeitos que foram presos preventivamente durante a Operação Revelação.

Sobre o caso

Leia mais:

CONFRONTO

Cinco homens são mortos em confronto com a Polícia Militar em Cascavel

POLICIAL

Polícia Civil cumpre mandado de prisão por homicídio no bairro Santa Felicidade

MAUÁ DA SERRA

PRF apreende quase 50 quilos de cocaína com casal no Paraná

VIOLÊNCIA

Jovem é morto a tiros no meio da rua no Sanga Funda

Em 4 de setembro de 2017, duas crianças foram encontradas esquartejadas no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. As partes dos corpos estavam embaladas em sacolas plásticas e em caixas de papelão em um mato às margens da rua Porto das Tranqueiras.

Segundo a perícia, os corpos são de um menino, entre 8 e 9 anos, e de uma menina, entre 10 e 12. As crianças são irmãs apenas por parte de mãe. Há a suspeita de que elas sejam argentinas, provavelmente da região de Corrientes.

O suposto ritual teria sido encomendado por dois empresários do ramo imobiliário para atrair prosperidade aos negócios. Os homens, de Novo Hamburgo, teriam pago R$ 25 mil à vista para o bruxo realizar o sacrifício.

O homem que se autodenomina bruxo mantinha um templo em Gravataí, onde os rituais seriam realizados. Durante escavações no terreno onde fica a casa, foi localizado um fêmur de um animal.

Uma testemunha disse que viu parte do ritual. Segundo depoimento, ao passar pelo local, ela teria avistado as duas crianças usando capuz. Essa pessoa teria informado ainda à polícia o nome dos sete investigados – seis estavam em um círculo durante o ritual.

Leia mais em Correio do Povo